
O dia despertava com os raios a fulminarem e dilatarem as minhas pupilas, ainda zonzo com o sono descomunal dei vazão ao meu dia normalmente.
Despreocupado e completamente desligado de qualquer chateação conversava com os amigos quando recebi a notícia.
Eu perdi!
Simplesmente perdi.
Como seria possível?
Foram tantos anos de companheirismo, fidelidade, união extrema. Lembrei-me naquele instante dos momentos mais difíceis que já passei, daqueles de vida ou morte, e quando pensava que estava tudo perdido era você a me salvar. Simplesmente foi você...
Todas as noites a me acompanhar nas horas mais tardias e frias era sempre você que estava lá...
E agora, como seria sem você?
Não posso aceitar, eu não quero aceitar...
Descarrego toda a minha frustração e incredulidade nas perguntas fora de hora dos amigos. Coitados, nada tem com o meu problema. A perda é minha e só minha...
Com tanto amor e carinho atribuído a você e simplesmente você some!!
Não quero acreditar nas possibilidades de viver em um mundo sem você.
Meus olhos opacos e fora de órbita, lacrimejam em uma súbita distração e devaneio ao passado... E aos poucos vou me dando conta de que você se foi, talvez pra sempre, e mesmo que eu te substitua JAMAIS será a mesma cosia!
Com aquela tristeza já tomando conta de mim e tentando me conformar, completamente cabisbaixo, escuto ao longe os gritos...
“Sheeeell, esta aqui... Esta aqui!!! Tu não perdeu!!!”
E majestosamente, como naquelas cenas de fim de filme com direito a trilha sonora, câmeras lentas, um brilho diferente, um cenário mágico o nosso encontro...
Quando te peguei nos braços quase não acreditei, dei pulos de alegria, abracei a todos a minha volta, falei com todos os meus amigos, dos que há muito não falava aos que falava naquele momento...
A felicidade explodia ao te ver de novo, meu querido e maravilhoso...
PEN DRIVE.
Shell