domingo, 5 de julho de 2015

Um par



"Não é por você me emudecer com seus beijos, nem por você balançar o corpo de forma desengonçada só para eu gargalhar... 
Não é pelo fato que sua boca/beijo encaixa perfeitamente com o meu (....) 
Não é pelo charme da sua barba estilo anos 80, nem pela sua constante cara de inúmeras noites sem dormir... 
Não é por você colocar pilha em tudo e atenuar esse meu espírito aventureiro. Nem por você chegar a minha essência sem muito esforço... 
Não é pelo enorme número de assuntos que você domina e sabe conversar tão bem. Nem pela forma descolada e sexy que segura o volante ao dirigir... 
Não é pelo entusiasmo e pela paixão que demonstra ao falar da sua profissão. Nem pelo fato de fazer eu comprar cada ideia e sonho seu... 
Não é pelo seu timbre de voz ao cantar, nem pelos arrepios que me causa quando segura a minha cintura... 
Não é pela saudade que você já consegue deixar, nem já por já me entender tão bem... 
É pela pessoa que estou me tornado desde aquele dia dentro do carro. Você me mostrou que rir junto é melhor que gargalhar sozinha."

PS1: texto levemente alterado. Sem uso de conchas...
PS2: texto impróprio para pessoas psicóticas...



sábado, 27 de junho de 2015

Não existe título




Uma nova ótica...
"Tiro fotografias de você a cada dia que durmo ao teu lado. Registro em um lugar que venho arquitetando especialmente para você. Já são tantas gravações que poderíamos fazer uma longa metragem sobre o meu jeito de te olhar.
Aos poucos vou tentando te perceber, te conhecer. Já falei que sou péssima em interpretar as pessoas ?
Você é aquele cara que aparenta ser casca grossa, mas no fundo é tão sentimental quanto eu.
Tem esse ar de superior e que não liga para nada, mas por trás disso tem um coração extremamente generoso e sensível. Anda com o ar importante e segurança inabalável, mas tem medo de coisas até engraçadas de se admitir.
Eu venderia minhas cartas de magic, trocaria um show do U2, só para sentir o que você sente, espreitar teu pensamento.
Mas eu já conheço bem o calor dos teus braços, o aperto do teu abraço, o cheiro inebriante da tua pele.
Ouvir tua risada tornou-se música para meus ouvidos."



domingo, 17 de maio de 2015

Velho amigo




Por que choras velho amigo ?
Até parece que és a primeira vez...

A dor que agora sentes é conhecida
Então... por que não reages ?

Levanta-te... Levanta-te vamos!!
Neste vazio também não acharás o que anseia...

Mas eu o via tão feliz, de expectativas a não caber no peito...
Ora... Não venha dizer-me que...
Foi sim! Ele foi traído dentro de seus próprios sentimentos...

Agora entendo esta dor...
Reconheço enfim este lamento...

Mas logo tu velho amigo...
Que conheceste o fel do amor tantas vezes ?!?

Ele esta destreinado...
Apostou aquelas últimas fichas em números muito altos...

Lamentável...
É sim, lamentável...

Paciência velho amigo...
Nós já sabemos que passa...

Sempre passa...



Shell

terça-feira, 7 de abril de 2015

Schal



Curiosamente, talvez por acidente, esbarrei em você
De cabelo solto, de vento no rosto, eu fui perceber

Curiosamente, quando conversamos, eu me encantei
Eram os mesmos gostos, que em sorrisos, eu me afoguei

Falamos de sonhos, do que uma menina queria ser
De religião, desaprovação, do não entender

Mas dos animais, quando nos achamos, foi de derreter
Das convicções e dos ideais e do querer ser

Do não precisar e do aguentar, quando frio está, o nosso viver
Das desconfianças e das tais lembranças que nos fazem crer

Falamos de tudo que era permitido sem fazermos sons
De quem longe está, de quem confiar, dos amigos bons

Mas o curioso, foi no descobrir e no conhecer
No talvez olhar, no se encantar, no reconhecer

E que essa historia evolua pelos laços bons com o nó fiel
Que não se desfaça com o velho tempo a cumprir seu papel

E que te veja em breve para então dizer o que é real
Onde com um abraço e com riso fácil haja um sentimento que não seja mal



Shell

Relógio do Tempo




As vezes atrasa 
Adianta e já passa
O relógio desatento

Curioso se passa
Em intervalos perpassa
Nas malícias do tempo

Entrelacei-a as vidas
De pessoas que um dia
Se perderam com o vento

De noites à beira mar
De céus a desabar
Helicópteros descarregam o momento 

E o que se fica a pensar
Sem ninguém a falar
Fica o silêncio a contento 

Na esperança a achar 
Que o silêncio a ficar
Se desvia com o tempo

Que a chance a ousar
Na oportunidade certa está 
Nas artimanhas do vento

Nas noites mais sedutoras
Em que o segundo que voa
Se cala no beijo...
Que sela o momento...



Shell