sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Encontros Casuais


Contexto: uma fila a céu aberto, as 12:00h



Ele: talvez esse calor justifique por que as pessoas não tentam se conhecer enquanto esperam...??
Ela: talvez todos já tenham percebido que seria um péssimo momento para isso...
Ele: mas o que poderia justificar ser um péssimo momento? A todo instante estamos sujeitos a mudanças, o que nos leva a estarmos vulneráveis a encontros casuais, não acha?
Ela: o péssimo momento poderia ser justificado pelos encontros premeditados. A casualidade tem todo o seu charme, mas, o que poderia ser um encontro casual?
Ele: quem sabe o momento em que um cara, que não consegue contentar-se em apenas observar, arrisca, - mesmo estando ciente de que a rejeição é uma opção bem viável a sua tentativa – aproximar-se e tentar decifrar alguém que nunca havia visto antes.
Ela: em casos assim a possibilidade de rejeição esta em seu padrão mais alto não acha? Afinal porque motivo esse “alguém nunca visto antes” interessar-se-ia em deixar-se decifrar a um cara que mal conhece?
Ele: talvez esse alguém já soubesse que esse cara poderia ter algo mais a oferecer, e que no fundo ele não era tão parecido com os outros, mas, ele estaria certo que não conseguiria mais do que, deixá-la pensativa e só, pois logo ela o esqueceria e nem se lembraria mais daquele dia.
Ela: é, um cara assim a deixaria bastante curiosa...
Ele: e...?
Ela: quem sabe ela ate deixasse decifrar em pequenas conjunturas.
Ele: mas haveria um problema. Não se trata de um cara qualquer, ele prefere o cheque mate, não gostaria de arriscar perder seu rei em uma jogada tão precipitada, no entanto, um bispo estaria disposto a arriscar. Prazer, me chamo Beto.
Ela: PESAMENTO: “cauteloso, perspicaz, paciente, charmoso...”. Quem sabe um nome resulte em um sacrifício maior em seu tabuleiro, isso se, você estiver disposto a arriscar perder mais algumas peças.
Ele: PENSAMENTO: “inteligente, charmosa, prevenida, linda...”. Almoçamos juntos? Minha adorável desconhecida...
Ela: me chamo Flavia.
Ele e Ela: PENSAMENTOS: “CHEQUE MATE”




Shell

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