quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cordeirianismo




“Nenhum homem é uma ilha”
Essa é a teoria desenvolvida por Thomas Morus, baseada no ponto de vista dos valores, da moral. Morus afirma que todos sofrem influência do meio, da cultura, dos valores que o norteiam para criação de sua própria concepção de mundo. De fato os valores que hoje julgamos como certos ou errados já existiam antes mesmo de existirmos, o que nos leva a crer que, para inserção de tais valores é necessário o convívio e a influência do meio social, por isso a idéia de que nenhum homem é uma ilha. Todos precisam da interação social para atribuição de seus valores. Contudo esta teoria não é absoluta.
Com base nos próprios valores que absorvi do mundo posso afirmar que:
Nenhum homem é uma ilha, até certo momento.
Afirmo esta teoria com a visão de que é necessário sim o convívio social como ferramenta de construção de valores. No entanto alguns homens atingem um estágio chamado de “visão crítica”, onde deixam de fazer parte de uma massa e passam a remeter os valores incumbidos a si por meio de uma análise crítica dos valores que o rodeiam. Neste instante, estes homens passam a ser suas próprias ilhas.
A intelectualidade revela isso. Quantas vezes um gênio não foi julgado como louco?
Eles possuíam concepções críticas, já não faziam mais parte da massa, afastavam-se cada vez mais da alienação e formavam suas próprias ilhas.
Durante a Pangea, todos os continentes eram unidos e ao longo da sucessão dos séculos eles foram se afastando. O ser humano é da mesma forma, inicia-se em uma massa de valores e ao longo de seu desenvolvimento crítico-intelectual, afasta-se e busca a formação de sua própria “ilha”.

Nenhum homem nasce como uma ilha, mas torna-se uma com o seu desenvolvimento intelectual.



Shell

Um comentário:

  1. "Cada um de nós é um universo..."

    Mas não podemos ao certo definir de que sobrevive um universo...

    De outros, talvez.

    Saudades, poeta ariano!

    =*

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