sábado, 31 de outubro de 2009
Volição
A quietude de seus olhos é incapaz de descrever a verdade por traz deles, o jeito de menina que camufla a mulher esplendorosa, o cintilar de um sorriso bobo que transporta fantasias mais ousadas.
O sossego das noites que passam, a calmaria das ondas do mar... Os textos secretos, os medos ocultos, desejos reservados a conversas mais clandestinas, jogos com perguntas mais comprometedoras só fazem acender a vontade de sentir o gosto dos lábios, o calor do abraço, o perfume, o desejo.
As vagas madrugadas ganham mais sentido quando nuvens insistem em se fazer passar por alguém, cujo pensamento está vidrado, cujos olhos quando adormecem interligam-se diretamente ao cérebro e como uma luz acesa, encandeiam uma foto, uma visão, e na escuridão, vejo você.
Shell
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Olhos serenos
Os olhos serenos, tão distantes que me fazem sentir o respirar dos olhos, ou mesmo o pulsar das mãos...
Os olhos serenos que me fazem sonhar com um mundo cheio de pontes, rotatórias, viadutos. Formas a mais de poder te ver sempre que quisesse...
Os olhos serenos que me fazem consternar, enigmar-me, decifrar-te...
Olhos opacos, cabelos no rosto, expressão de vazio.
Atração repulsiva que sinto...
Lembranças do que nunca vivi...
O amanhã que já cansei de viver...
Laços braços traços maços de recados que estes olhos tentam me dizer...
Ventos lentos tensos que os meus tentam responder...
No mais, sinto-me preso ao paralelismo contido nesse olhar...
Universo transcendental único e exclusivamente de todos nós.
P.S:como o prometido... ^^
Shell
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Lua cheia, uma viola, o vento frio lá no mar
(music)
Tava sentado na praia
Vendo as ondas do mar
Tocando a minha viola
Esperando o tempo passar
Mas quem passou foi você
E me deixou seu sorriso
Levou o meu coração
E quase todo o sentido
Fui atrás de você
Pra saber o seu nome
Você não me disse
Deixei o meu telefone
A noite você me ligou
Com essa voz sensual
Disse que ia me ver
Ai meu Deus! No mesmo local
Cheguei de noite na praia
Um pouco mais arrumado
(um cabeludo desleixado de banho tomado)
E você foi se aproximando
Me deixando nervoso
E fui me comunicando
Dando um beijo no pescoço
Lua cheia, uma viola, o vento frio lá do mar
Eu, você e o seu sorriso
Os nossos beijos a nos acompanhar
Não vai mais me provocar
Não vai mais escapar
Estou vidrado em você
Agora é tarde demais
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
N' s
No dedilhar das notas tristes
No escutar das vozes arrastadas de solidão
No silenciar do meu corpo estático
No vento que entra pela janela aberta
Na música que ouço e diz “pra lembrar do nosso tempo”
Na minha fala contida
Nas frases que escrevo me iludindo
Nas realidades imaginarias, no imaginário real
Nos momentos tranqüilos
Nos mais fortes furacões
Nos meus mais obscuros pensamentos
Nos seus mais medrosos desejos
Nesses contextos a mente parece não fazer parte do corpo
Nessas circunstancias nos sentimos frágeis
Nossos medos afloram
Nisso, percebemos o quão inseguros podemos ser
Shell
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Encetar
No inicio, flores são flores e sem mais basta. Com o tempo, as flores ganham espinhos, e se não podados, acabam por sufocar toda a beleza contida nas belas pétalas. O amor é algo simétrico, quando tratado com desleixo acaba por ser sufocado...
Viver exige toda a paciência mundana disponível, conviver, existe toda disponível e indisponível.
Shell
Jaz
Tenho medo de gostar, medo de querer, medo de amar.
Tenho medo, pois o medo é tudo que me restou, eu tinha o tudo, mas o nada foi bem mais forte, levou a esperança, o otimismo, o apaixonar a primeira vista, os segundos que congelam, as flores, o romantismo, o eu te amo...
Como uma árvore velha, seca, corroída pelo tempo, sofrimento e tristeza. Hoje sobrevivo das gotas de água que chegam a mim em escassas quantidades, do raio raríssimo de sol que sente pena de mim e foge da penumbra.
Não tão feliz quanto imaginava ser no passado, no hoje, mais maduro, centrado, oco, frio... Mas a pouco descobri que não sou de um todo apenas, trevas, pois essas pra ganhar existência precisam da luz que esconde-se atrás da porta do meu peito, e no momento essa bendita porta, encontra-se emperrada e a campainha com defeito, mas ela certamente se abrirá com a batida certa.
É neste fiasco que me apego e espero por você...
Shell
singeleza
Nas impurezas de minha alma, esconde-se a inocência de ter você em meus braços, de provar os teus beijos, de sentir o perfume do jardim que exala de ti, de ver as borboletas magníficas cortando os raios de sol que a lua insiste em lançar. E talvez no clímax de minha inocência descubra que... “tudo é pra sempre, e o pra sempre, sempre acaba...”
Shell
Quiçá
terça-feira, 13 de outubro de 2009
A ilha e a formiga
Era uma vez...
Uma pequena formiga veleja na vastidão do mar. Faminta, solitária, desolada, tudo que desejava era uma migalha de terra firme para prosseguir com sua humilde e miserável vida. Em meio a sua jornada, a triste formiga avista um motivo para trazer alegria ao seu sofrido coração, terra firme a frente, bem a frente, a milhas e milhas... Mas não um simples pedaço de terra, tratava-se de uma gigantesca ilha. A formiga põe-se a sonhar com sua nova morada, e sonhou... e sonhou. No mais, a ilha estava longe e o vento não soprava forte, contudo existiam pedacinhos de terra bem mais próximos e mais fáceis de alcançar. E um novo dilema aflorou, escolher entre a grandiosa e sonhada ilha, ou simplesmente um pedacinho de terra, o suficiente para sobreviver. Pensou... e pensou. - Ora, um pedacinho de terra era bom o bastante para passar os seus dias; por outro lado não era ali que ela gostaria de habitar. Já a ilha tão grandiosa, com o dobro da sua inocência, tão perigosa, mas claro a formiga estava disposta a arriscar. Imaginava encontrar a felicidade ali...
Mas e a ilha, desejaria apenas a felicidade de uma insignificante formiga? Claro que não, desejaria algo mais, desejaria algo que talvez a pequena formiga não fosse capaz de lhe dar...
E ainda sim, mesmo diante de tantas objeções, mesmo sabendo que talvez não saciasse todas as vontades da grandiosa ilha, sabia que, se ela permitisse, a pequena formiga tentaria fazer da imensa ilha o local mais feliz pra se viver.
Shell
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Perfeita Sintonia
(música)
De noite quero descansar, deitar, assistir a Tv
Fechar os olhos e lembrar que o bom da vida é amar você.
De noite quero só parar,
Sintonizar na freqüência dos teus pensamentos
Me perder de amor, me afogar em bons momentos.
Pois foi contigo que eu
Esqueci os meus lamentos
Reaprendi até a sorrir, eu enganei o sofrimento
E é por você, que eu consigo até sonhar
Não imagino um novo mundo em que você não possa estar.
A madrugada sintoniza frases feitas, pensamentos, sentimentos
E me leva até você...
Abro a janela olho pra lua, sinto tua presença, minha sentença,
Um condenado a amar você...
Por meus delitos sou punido duramente com teus beijos, teus abraços, o teu sorriso encantador...
Que tal castigo seja pra essa vida toda, pois mereço,
Um condenado a uma vida de amor.
No meu mundo, o teu sorriso é o meu sol.
Nos teus braços é o mundo em que eu quero estar.
O meu jeito sem juízo,
Com o seu jeito bem mais tímido é combinação do que é amar.
Era dia 23 do mês de abril
O horário já nem lembro, mas a cena eu nunca esqueci...
Você sentada naquela escadaria, entediada esperando por mim...
E eu nervoso, pensando em frases lindas e uma forma de falar o quanto eu te amo...
Mas quando eu te vi, você sorriu e acabou com todos os meus planos...
Eu te beijei, eu só te beijei, eu não falei mais nada eu só beijei você...
E naquele beijo eu falei o que eu mais queria...
Shell
Sigo
(música)
Nos dias que a gente acorda
Sem saber direito nem o que fazer
As horas que já não passam
O relógio insiste... insiste em te dizer
Viver assim é o mesmo que não viver
Mas como encontrar o motivo?? A razão pra se compreender??
E eu sigo
Não posso mais perder os sentidos
Toda vez que o mundo tenta me derrubar
Me mantenho de pé, mesmo ferido
Contrariando a razão insisto em voar...
E eu sigo
Muitos me magoaram
Me fizeram sofrer
Mesmo quando errado
Não puderam entender
Então não posso mais viver assim
Achando que a vida é um filme com final ruim...
E eu sigo, contrariando as vontades
Criando minha liberdade
Me permitindo sonhar...
Por isso eu sigo, criando minha própria sorte
Contando que você note e diga
O que eu também quero ouvir...
E eu sigo...
Shell
sábado, 3 de outubro de 2009
Consternação
Contos
Existe uma história que começa mais ou menos assim...
(música)
Acho que era agosto
A data exata eu já não lembro mais.
Eu lembro do seu rosto,
Indiferente não achava nada demais.
Mas foi naquela aula,
Que tudo ali aconteceu.
De maneira mais clara,
Teus olhos tímidos encontraram os meus...
Difícil explicar o que aconteceu
O que continha naquele olhar, que sentimento floresceu?
Já não sei mais explicar, porque você invade os meus pensamentos
E me leva facilmente do céu ao inferno...
É mais...
Pra mim...
Sempre será...
A minha...
Nas noites mais frias desejei teu abraço
Nos dias mais quentes quis estar ao teu lado
Só duas palavras desejei escutar
Te ter em meus braços e poder explicar...
Com um beijo...
Que eu amo você!
Shell
Seguir Viagem
Como eu queria
Como eu queria, debruçar-me em teu colo, ganhar teus abraços, acariciar tua face...
Como eu queria, ser uma peça de roupa, uma mochila ou um simples caderno, talvez, com sorte de ser o seu perfume favorito para estar contigo a todo o momento...
Como eu queria, entregar-te minha camisa branca com listras azuis, olhar-te adormecer, acordar, beijar-te e desejar bom dia...
Como eu queria, ser o pilar que te sustenta quando a vida insistir em brincar de tempestades...
Como eu queria...
Shell
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