quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Jaz




Tenho medo de gostar, medo de querer, medo de amar.
Tenho medo, pois o medo é tudo que me restou, eu tinha o tudo, mas o nada foi bem mais forte, levou a esperança, o otimismo, o apaixonar a primeira vista, os segundos que congelam, as flores, o romantismo, o eu te amo...
Como uma árvore velha, seca, corroída pelo tempo, sofrimento e tristeza. Hoje sobrevivo das gotas de água que chegam a mim em escassas quantidades, do raio raríssimo de sol que sente pena de mim e foge da penumbra.
Não tão feliz quanto imaginava ser no passado, no hoje, mais maduro, centrado, oco, frio... Mas a pouco descobri que não sou de um todo apenas, trevas, pois essas pra ganhar existência precisam da luz que esconde-se atrás da porta do meu peito, e no momento essa bendita porta, encontra-se emperrada e a campainha com defeito, mas ela certamente se abrirá com a batida certa.

É neste fiasco que me apego e espero por você...


Shell

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