sábado, 18 de abril de 2009

Os erros


Erramos, quando devemos acertar.
Acertamos, quando tínhamos tudo para errar.
Quando temos, não valorizamos.
Se não temos, daríamos tudo para termos.

Seres curiosos, contraditórios, que só aprendem com os erros. E como os cometemos, perdemos as contas de quantos existem em nossos currículos. São tantos que da ate pra dividirmos em classes:
- os erros de serviço
Estes geralmente são cometidos apenas uma vez, pelo menos em cada emprego. É algo do tipo, errou... Rua! Bem simples e pratico, ah! Se todos fossem assim...
- os erros de família
A bendita camisinha... O que parece no momento do “acontecimento”, não fazer a menor falta... É fato que não faz falta no momento mas, como faz após nove meses. Construímos uma família involuntariamente, por um simples, “esquecimento”, algo tão bobo, não é mesmo?
- os erros de futuro
Esse é um clássico, nos motivamos e planejamos nossas vidas em função dos sonhos de nossos pais. Quanta tolice, ate porque, não serão eles que exercerão a profissão que sonham, mas nós. Manipulados desde crianças embarcamos nessa, e só nos damos conta da furada que entramos quando é tarde. Quando não por influencia dos pais, somos movidos por aqueles monstruosos salários. É bem verdade que compensam, e acumulamos uma enorme fortuna, que por sinal, morremos antes mesmo de gasta-la, por pura infelicidade em trabalhar com algo que não gostamos nem um pouco.


Existem diversos tipos de erros, mas os que parecem nos perseguir em tempo integral são os:
- erros do coração
Ah! O coração... Esse sim, é o mais tonto de nossos órgãos, o verdadeiro culpado por muitos de nossos erros... É este “moço” que parece não ter limites para erros, os acertos são raros, e muitas vezes definitivos, mas como disse, são raros, quase extintos. Quantas vezes não nos interessamos por quem não esta nem ai para nós, e acabamos nem percebendo quem esta ali ao nosso lado, guardando pra si e sofrendo em silencio com um sentimento puro e verdadeiro... Quão tolos somos, nos fazemos de fortes às vezes, fingimos não estar nem ai para o amor, que não precisamos dele para sermos felizes. Isso pode ate funcionar por algum tempo, mas não para sempre, somos completamente dependentes e incapazes de não sentir pelo menos, alguma coisa quando olhamos para alguém que nos chame atenção. Agora pensa, se nos entregamos a alguém logo de cara, corremos o risco da rejeição, e se fugirmos desse sentimento, sofreremos com o arrependimento. Realmente não é uma tarefa fácil ser feliz, mas também, não é algo impossível.


Então combinamos assim, já que não temos jeito, seguimos errando mesmo!! Mas sempre, aprendendo com cada escorregão que damos nessa vida confusa, difícil e maravilhosa.



Shell

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