sábado, 18 de abril de 2009

Pensa um pouco...


Sufocados! Restritos as paredes sociais. Os limites impostos pelo esqueleto social, “raquitiza” pensamentos e capacidades. Afeta diretamente outras visões, e nos força a trilhar um único caminho. Esta selva de pedras, imposta a nós, após o inicio, é circunscrita por complexos de inferioridade, oportunidades desiguais e escolhas premeditadas.
O homem inicia sua corrida contra o tempo. Um passo atrás, é isso que impõem o núcleo social, o complexo de inferioridade extrai aqueles que, por ter tido oportunidades mínimas, trafeguem por sentidos predeterminados. Nascer em seio pobre, driblar as intempéries e conquistar o “sucesso”, é exceção. Do contrario, não seria esse, o tema de uma propaganda, pois seria tão corriqueiro a ponto de não interessar. Deveras, exceções existem, mas como o próprio conceito da palavra afirma, essas são as minorias cotidianas do ambiente social.
O “sucesso”, conquistado por meio de sacrifícios, é logo esvaído, quando comparado a tantos iguais, que chegaram ao mesmo estagio por trilhas bem menos espinhosas. Tem-se o quadro da desigualdade. Oportunidades diferentes determinam vidas diferentes, futuros opostos. Quando paralelos e comparados, os “andarilhos” de espinhos orgulham-se por sua vida sofrida, repleta de experiências, um conhecimento que poderá ajudar outros iguais, mas, as exceções por sua vez, acabam presas aos muros e grades sociais. Tangenciando de minoria para maioria... A dos limitados, reféns de um futuro já traçado, incapazes do protesto, acomodados a aceitar sem reclamar. Essa é a nova maioria, a dos “complexados”, “inoportunizados” e programados a cumprir seu futuro sem optar por caminhos diferentes. É este o ciclo dos reféns do próprio silêncio.



Shell

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