domingo, 5 de julho de 2015

Um par



"Não é por você me emudecer com seus beijos, nem por você balançar o corpo de forma desengonçada só para eu gargalhar... 
Não é pelo fato que sua boca/beijo encaixa perfeitamente com o meu (....) 
Não é pelo charme da sua barba estilo anos 80, nem pela sua constante cara de inúmeras noites sem dormir... 
Não é por você colocar pilha em tudo e atenuar esse meu espírito aventureiro. Nem por você chegar a minha essência sem muito esforço... 
Não é pelo enorme número de assuntos que você domina e sabe conversar tão bem. Nem pela forma descolada e sexy que segura o volante ao dirigir... 
Não é pelo entusiasmo e pela paixão que demonstra ao falar da sua profissão. Nem pelo fato de fazer eu comprar cada ideia e sonho seu... 
Não é pelo seu timbre de voz ao cantar, nem pelos arrepios que me causa quando segura a minha cintura... 
Não é pela saudade que você já consegue deixar, nem já por já me entender tão bem... 
É pela pessoa que estou me tornado desde aquele dia dentro do carro. Você me mostrou que rir junto é melhor que gargalhar sozinha."

PS1: texto levemente alterado. Sem uso de conchas...
PS2: texto impróprio para pessoas psicóticas...



sábado, 27 de junho de 2015

Não existe título




Uma nova ótica...
"Tiro fotografias de você a cada dia que durmo ao teu lado. Registro em um lugar que venho arquitetando especialmente para você. Já são tantas gravações que poderíamos fazer uma longa metragem sobre o meu jeito de te olhar.
Aos poucos vou tentando te perceber, te conhecer. Já falei que sou péssima em interpretar as pessoas ?
Você é aquele cara que aparenta ser casca grossa, mas no fundo é tão sentimental quanto eu.
Tem esse ar de superior e que não liga para nada, mas por trás disso tem um coração extremamente generoso e sensível. Anda com o ar importante e segurança inabalável, mas tem medo de coisas até engraçadas de se admitir.
Eu venderia minhas cartas de magic, trocaria um show do U2, só para sentir o que você sente, espreitar teu pensamento.
Mas eu já conheço bem o calor dos teus braços, o aperto do teu abraço, o cheiro inebriante da tua pele.
Ouvir tua risada tornou-se música para meus ouvidos."



domingo, 17 de maio de 2015

Velho amigo




Por que choras velho amigo ?
Até parece que és a primeira vez...

A dor que agora sentes é conhecida
Então... por que não reages ?

Levanta-te... Levanta-te vamos!!
Neste vazio também não acharás o que anseia...

Mas eu o via tão feliz, de expectativas a não caber no peito...
Ora... Não venha dizer-me que...
Foi sim! Ele foi traído dentro de seus próprios sentimentos...

Agora entendo esta dor...
Reconheço enfim este lamento...

Mas logo tu velho amigo...
Que conheceste o fel do amor tantas vezes ?!?

Ele esta destreinado...
Apostou aquelas últimas fichas em números muito altos...

Lamentável...
É sim, lamentável...

Paciência velho amigo...
Nós já sabemos que passa...

Sempre passa...



Shell

terça-feira, 7 de abril de 2015

Schal



Curiosamente, talvez por acidente, esbarrei em você
De cabelo solto, de vento no rosto, eu fui perceber

Curiosamente, quando conversamos, eu me encantei
Eram os mesmos gostos, que em sorrisos, eu me afoguei

Falamos de sonhos, do que uma menina queria ser
De religião, desaprovação, do não entender

Mas dos animais, quando nos achamos, foi de derreter
Das convicções e dos ideais e do querer ser

Do não precisar e do aguentar, quando frio está, o nosso viver
Das desconfianças e das tais lembranças que nos fazem crer

Falamos de tudo que era permitido sem fazermos sons
De quem longe está, de quem confiar, dos amigos bons

Mas o curioso, foi no descobrir e no conhecer
No talvez olhar, no se encantar, no reconhecer

E que essa historia evolua pelos laços bons com o nó fiel
Que não se desfaça com o velho tempo a cumprir seu papel

E que te veja em breve para então dizer o que é real
Onde com um abraço e com riso fácil haja um sentimento que não seja mal



Shell

Relógio do Tempo




As vezes atrasa 
Adianta e já passa
O relógio desatento

Curioso se passa
Em intervalos perpassa
Nas malícias do tempo

Entrelacei-a as vidas
De pessoas que um dia
Se perderam com o vento

De noites à beira mar
De céus a desabar
Helicópteros descarregam o momento 

E o que se fica a pensar
Sem ninguém a falar
Fica o silêncio a contento 

Na esperança a achar 
Que o silêncio a ficar
Se desvia com o tempo

Que a chance a ousar
Na oportunidade certa está 
Nas artimanhas do vento

Nas noites mais sedutoras
Em que o segundo que voa
Se cala no beijo...
Que sela o momento...



Shell

segunda-feira, 24 de março de 2014

Uma noite dessas



Levo uns filmes… 
Conversamos… 
Tento te fazer rir um pouco… 
Você provavelmente vai me seduzir caminhando timidamente com um baby doll preto… 
Eu vou tentar resistir e fingir que nem estou dando bola... 
No meio da noite… 
Vou falar mais sério… 
Apenas te puxar pra perto, te contar outras histórias, te ter no colo… 
Te fazer carinho enquanto você deita em meu colo… 
Você vai querer meio que pegar no sono por eu estar passando a mão em seu cabelo… 
Vou te acordar… 
Te trazer mais pra perto por perceber que você sente frio a noite… 
Ficaremos bem próximos… 
Vou sorrir pra você timidamente… 
Meus olhos falarão por mim, mas só eles… 
Você nem irá perceber, e depois de horas me dará boa noite...


Shell

terça-feira, 11 de março de 2014

Lego




Ele era um cara bacana, sem carro, nem grana, um rapaz sonhador…
Ele era meio sacana, meio quieto, com fama de namorador…
Ele era um pouco de tudo, psicólogo, mudo, quase um vendedor…
Ele, bem ele era bem isso, ou aquilo, quem sabe, talvez encaixasse um riso, um beijo, uma noite de amor…

Ela era linda, pateta, meio mala na certa, de venus, talvez do Nepal…
Ela era mente aberta, de cachos, esperta, um corpo sensacional…
Ela era feliz com as amigas, curtia, vivia, se achava legal…
Ela era complicada, sincera, medrosa, incerta fugia de tudo que não era normal…

Como em um jogo de lego, as peças encaixam, empilham, se espalham, mas formam uma história legal…
E hoje eles falam de tudo, menos daquilo que o mundo para só para ouvir…
De noites bem sedutores, de abraços que não à toa, se colam, e deslizam no calor de um segundo que chega no fim…


Shell

terça-feira, 4 de junho de 2013

Memória



Há tempos conheci uma pessoa. Pelos meus cálculos talvez há 2 ou 3 séculos, talvez bem mais que isso. Alguns ousam zombar de mim afirmando que essa imprecisão da data torna esta história um relato inverossímil. Tolos caluniadores.

Recentemente descobri que perdi parte das minhas lembranças, e tudo que possuo agora são visões e recordações desta pessoa, mas não vejo seu rosto, sei que é especial para mim, mas ainda não consigo ver quem é. Não importa, talvez descobrir apenas estrague a magia.

Mas nem tudo é turvo em minha mente, tenho lampejos de sorrisos e situações constrangedoras. Cereja ou para alguns, cherry. Algo que permeia meus pensamentos em eventos desconexos. 

Certa vez lembrei-me de uma música, parecia ser muito boa, mas na realidade não chegava perto dos clássicos ingleses, aquele universo europeu que me fascina por alguma razão.

Por algum motivo a música me acalma e me faz querer escrever. Não sei ao certo se eu já era assim ou esses lapsos de memória são os causadores, mas não importa, eu gosto. As lembranças parecem ser aguçadas ao som de bandas específicas. Nunca pensei que Engenheiros do Hawaii fosse tão bom, devem ser a melhor banda do mundo.

Outro dia me lembrei de uma noite, acho que foi algo especial. Essas visões vem sempre com um sentimento bom, algo a se compartilhar com todos sabe, meio comunista.

Ainda não consigo entender a razão por ser tão aficionado pelo mês de setembro. Sempre que chega eu fico com a sensação de estar esquecendo algo muito importante. Por falar em datas, soube que nasci no mês de abril, mas costuma ser o período estranho, uma mistura de felicidade e tristeza. Ainda não entendo bem.

Ontem fui convidado para tomar sorvete, e como em um daqueles “flashes” do lost, uma lembrança boa me veio à cabeça. Ah, por falar no assunto acho que sou vegetariano. Por alguma razão isso me parece algo familiar. Que por falar também no assunto, talvez eu tenha trabalhado em algum aeroporto, ainda não sei bem, mas sempre que vou deixar alguém ou viajo sinto que ali devo ter vivido algo importante.

Talvez seja isso, devo ser um viajante de sentimentos e talvez essa pessoa que idealizo nem tenha existido ou se existiu nem ao menos tenha lembranças minhas, mas sabe, é bom imaginar que vivi algo especial com alguém... Ainda que tenha sido um monólogo.


Shell

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Com... Por... você...



Por você, me tornaria um cara mais sério
Deixaria as piadinhas de lado
Seria praticamente um presidente milionário

Por você, eu não deixaria a cebola de lado
Não reclamaria dos temperos em seus pratos
Seria praticamente um vegetariano reformado

Por você, só assistiria filme europeu
Respeitaria o povo francês
Seria bem mais culto que um inglês

Por você, entenderia sobre o mundo da arte
Faria ações beneficentes
Entenderia de fotografia e filmes do oriente ao ocidente

Por você, eu ficaria sem conexão com a internet
Eu ficaria sem vídeo-game e computador
Para ficar com você eu moraria até no interior

Com você, eu tenho o céu com o mais perfeito azul
Tenho as noites mais estreladas
Sou o apaixonado que não resiste a namorada

Com você, o meu peito se reflete em amor
Quando te vejo não consigo estar bravo
Ao teu lado sou de fato um homem apaixonado

E por você, tentarei ser cada dia melhor
Aquele cara que te enche de orgulho
O seu Asperger querido que te ama mais que tudo

“Por você!
Conseguiria até ficar alegre
Pintaria todo o céu
De vermelho
Eu teria mais herdeiros
Que um coelho


Desejaria todo o dia
A mesma mulher”

sábado, 16 de março de 2013




Não sabes o quão atormenta-me a alma ver-te triste e a derramar lamúrias pelas vielas da vida.
Já sabeis que sois culpado, e condeno-me nesta clausura, e sei que assim ei de viver.
Nobre donzela, entenderás que teu pranto era preciso, que a separação era inevitável.
Mas anima-te, se possível for, pois este término não foi por vaidades mundanas e tão pouco pela falta do amor.
Sabeis que nos corações enamorados nossos, óh amada minha, ainda a de bater amor...
Daquele que martela a alma e transborda em delírios.
Não rebatereis tuas acusações, pois tu precisarás delas para construir teus muros e castelos.
Lamento ter de ti fazer sofrer nestes tempos tormenta, mas como todo inevitável ser, eis aqui mais uma de suas sinas.
Ainda que tentássemos novamente, saberias também que o tempo de nosso amor não é este, apenas sofrimento seria o resultado por tal coragem. Falo desta que já não possuo, não aguento mais ver-te sofrer.
Nas veredas de teu peito deves condenar-me ao ler estas linhas, julgando-me tolo e fraco, mas estás a agir com a emoção.
A racionalidade que precisamos a de fazer-te perceber que precisamos de conquistas nossas para então desfrutar juntos o futuro que acenamos por fim.
Não esquecerei-te, óh minha amada, estarás em tudo a todo momento...
Nas conversas...
Nos livros...
Nas músicas...
Nos textos...
Nas escolhas...
Em cada detalhe, serás a lembrança eterna de meu peito...
Aquela que guardarei com carinho e jamais esquecerei...
Entendas que não é esse, por fim, o nosso fim... Pois de ti não ei de desistir...
Procurarei-te em breve, para oferecer-te tudo aquilo que sempre desejou...
E não culparei-te se esqueceres de mim...
Embora tenha a certeza de que não o vais fazer...
Leva-te ao peito as boas lembranças e saibas que o nosso momento chegará, e ei de cumprir, por fim, aquilo para o qual fui destinado...
Fazer-te feliz...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Antes do Pôr-do-Sol





"vou lhe cantar uma valsa
que saiu do nada dos meus pensamentos
vou lhe cantar uma valsa
sobre um caso de uma noite
você foi minh(a) aquela noite
foi tudo que sonhei a vida inteira
mas agora você se foi
você foi para longe
foi para sua ilha de chuva
para você foi apenas um caso de uma noite
mas para mim você foi muito mais
só para você saber
o que disseram pouco me importa
sei o que você foi para mim naquele dia
só quero tentar de novo
só quero mais uma noite
mesmo se não der certo
você significou muito mais
do que qualquer outr(a) que já conheci
uma noite com você
"pequen(a) garota"
vale mais do que mil com qualquer outr(a)
não estou amargurad(o), amor
jamais esquecerei
este caso de uma noite
mesmo amanhã nos braços de outr(a)
meu coração será seu até quando eu morrer
vou lhe cantar uma valsa
que saiu do nada
da minha tristeza
vou lhe cantar uma valsa
sobre aquela noite maravilhosa"

segunda-feira, 26 de março de 2012

Meu mundo



Vai saber o que se sente
Quando se sente o que é amar
Vai saber o que se entende
Quando se descobre o que sonhar
Vai saber quando sorrir
Quando ao seu lado alguém estar
Vai saber o que é o amor
Se nos meus braços te levar

Não não, nem me fales do amor
Hoje eu não quero palavras
Hoje sentirei o teu abraço
O teu carinho,
Só isso basta...

Não não, nem me fales o que é ser feliz
Eu não quero fazer comparações
Eu já conheço o teu sorriso
Não preciso de ilusões...

E esses versos, os poeminhas
Aqueles bobos, os de criança
Aqueles que são os mais sinceros
Os que vagam na lembrança

Os que expressam o que se sente
Quando se entende o que não mente
Quando no peito bate mais forte
Quando a saudade te deixa sem norte
Quando o amor te deixa com sorte
Quando não quer mais sair de lá
Quando o meu mundo tem um nome...
Ele se chama...


Cordeiro

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dedicação - Uma declaração de amor





Entre tantas formas de demonstrar o amor, eis que é de encontro ao linguajar sentimental um singelo desejo...


"DEDICAÇÃO!!! rs, Respire o seu objetivo... Viva o seu objetivo... Foque no seu objetivo... Coloque-o na posição que só você poderá priorizar... Lembre-se que pra toda conquista é necessário sacrifícios e pra tamanha dedicação sempre haverá preços a pagar... Seja firme !!!!
Estarei ao teu lado por esta causa... Não tenha dúvida, desde que essa realmente seja a sua causa... Mas se sua prioridade for outra, se seu foco se deturpar, não se ofenda com as minhas palavras, pois elas serão intencionalmente severas... Cujo o intuito é único e exclusivamente para que lembres do pq de ter caminhado até ali, e te afrontarei, como quem cutuca uma coméia na certeza de um enxame ao ataque... E é este espírito que te peço... Dedique-se, dedique-se, dedique-se... E conte sempre comigo, nesse momento mais do que a qualquer um... Pois garanto que se preciso for viraremos noites estudando, discutiremos sobre tudo se preciso... Não desista agora, mas também não tente por tentar... Dedique-se que você vai conseguir e eu vou te ajudar, se você permitir é claro, rs"


Cordeiro

domingo, 17 de julho de 2011

O segredo dos Asperger's




Me pergunto tantas coisas, e tantas ainda não entendo
Os amores, as certezas, as saudades ou os lamentos
Das bobagens que bem fiz, sei que ainda pagarei
Mas não me culpes, sou um tolo, e de amores morrerei

E os segredos que escondo, nem te posso revelar
São segredos de amor, eu não posso evitar
As palavras eu não digo, com meus gestos falarei
Te abraçando com saudade, em teu sorriso estarei

Teus pensamentos são o lugar que escolhi para viver
Para esconder-me deste mundo e apenas teu, ser teu viver
Viver a espera ou a procura, não sei, viver talvez só por viver
Prendendo-me nos gestos teus de alegria, viver pro teu prazer

Mas peço, contorna em mim a saudade, não deixes ela me levar
Afasta-a de mim e me pare, quando ela quiser se aproximar
Destrua em meu peito a incerteza, preencha-o com o teu amor
Leva daqui a tristeza, apaga do meu peito o rancor

E diga que és minha, só minha, e de mais ninguém
Me aqueça com tua pele macia, me prenda, sou teu refém
E me cubra de noites de amor, sacia meus desejos carnais
Faça-me o homem que precisas, e prometas que sempre vais:

Preencher-me o vazio da alma...
Dar-me o sorriso tardio...
Aquele beijo de amor...
O segredo escondido...
O segredo que é só nosso...
Nosso e de mais ninguém...
O dos Aspergers e só...
O que ninguém mais tem.

Shell

quarta-feira, 25 de maio de 2011




As vontades são completamente influenciáveis. Seja por sorrisos, olhares, palpitações e interpretações de entrelinhas inexistentes. Tudo conspira para imaginação esperançosa de quem quer enxergar apenas seus próprios desejos.
Variando quanto ao gênero, os sonhadores otimistas ludibriam-se com insignificantes representações de condições favoráveis, algo que somente eles podem ver, que somente eles podem fazer valer em seus intrépidos corações como algo real.
Cuja fantasia de seus pensamentos, vistos por aqueles que não compreendem os seus propósitos inquestionáveis, não veem sentido ou razões para tanta vontade de fazer valer aquilo que por um instante, só por um mísero instante, foi idealizado como algo espetacular, e que em momento algum demonstrou-se impossível ou completamente fora de questão.
Mas é preciso esperar marés mais baixas, tempos mais serenos. A determinação talvez persista por anos, ou quem sabe não dure mais do que a criação de um mundo, o tempo é quem vai julgar seu mérito. Embora o fato de acreditar sempre em algo maior, motive e transforme. Talvez faça de um arranjo descuidado uma obra de arte, cuja moldura mantém-se preparada, aguardando o tão esperado momento do seu preenchimento com uma das mais belas representações do que pode ser a felicidade.

Cordeiro

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Faz tempo...




E hoje as tais lembranças...

Aquelas de um passado tão presente que me afastava do futuro mostra-se absorta em meus pensamentos...

E hoje a solidão, o penar e a tristeza que motivavam linhas dolorosas de conjecturas febris de sentimentos não veem mais razão para existir...

O tempo vinha carregando ao longe, me trazendo aos poucos a responsabilidade e o amadurecimento...
Novos objetivos e planos, novos sonhos, novas formas de ser feliz...


Shell


Em detrimento do que fui eis aqui o que me predisponho a ser. Uma vez que só a certeza do que não posso ter, levará-me a verdade absoluta, inexistente aos reles corações incrédulos da não crença.

domingo, 12 de dezembro de 2010

K.M- Hoje




Hoje eu senti saudade da sua irritante forma de comigo se preocupar.
Hoje lamentei à tarde que só a tua ausência pôde ocupar...

Hoje desejei ler mentes pra saber um pouco como vai você.
Hoje acordei mais bobo, sem as palavras certas para escrever...

Hoje a noite ficou assim, de rimas baratas e saudade evidente.
Hoje troco todas as frases pelo calor do teu beijo ardente...

Hoje eu senti a falta das suas manias, das mais estranhas.
Hoje eu escrevi saudade, de diversas formas, enquanto a
Façanha...
De te ver sempre que quiser, não for possível!
Transcreverei o protesto por tamanha injustiça...
Minha irritante-estranha-Asperger favorita...


Shell

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Que silêncio acusador é esse que distorce as melodias do meu peito me provoca um formigamento na face e a calmaria de um menino?
Às vezes tenho a nítida sensação que o conheço de algum lugar, por vezes imagino ser algo que nunca tenha sentido antes. A razão para tal equilíbrio e paz dentro de mim se da por qual razão?
Confesso que não me dei o trabalho de dissertar aqui respostas, apenas fechei os olhos... Arredia, manhosa, educada e simples dançavas para mim e escondia-se do mundo para que aos olhos tais, não soubessem dos teus encantos e segredos. Minha Asperger favorita.



Desejo que as juras sinceras e eternas não cheguem a nós, nos basta à certeza das incertezas existentes depois da curva.


Shell

domingo, 5 de dezembro de 2010

Monólogo de um coração solitário



E hoje, a noite por pena faz companhia a minha sinuosa solidão, escondendo-lhe as estrelas e uma possível felicidade. Isto porque, hoje não quero festas, nem alegrias, apenas lamentar-me por minha notável falta de talento nas artimanhas do amor, por minha evidente capacidade e disposição na arte do medo, da fuga, da incapacidade de retratar-me e encarar os desafios do coração. (Provo tais afirmações nestas linhas, onde não encontrei as palavras para dizer-te, mas sim onde busco o sentido para expressar-me.)
Estas nuvens que hoje enchem de incertezas a noite, são as mesmas que assolam o meu coração. Na clausura de encontrar as palavras certas a dizer-te, que, eu lamento, mas que tudo, eu lamento. Infelizmente já é tarde, a ferida que causei em teu peito é profunda demais. Sem previsões de melhora. Definida como um pressuposto estado de coma, dependendo apenas de ti para reagir. Enquanto isso, a mim resta apenas condenar-me por teu estado. Felizmente não podes ver-me a depreciar-me tanto, felizmente a minha angústia guardo apenas comigo, e sem que possas saber, sofro calado pelo mal que lhe fiz.
E pensar que isto tudo por ter tido em minhas mãos aquilo que tanto desejei ter. Isso tudo por ter tido a felicidade e o sincronismo de um coração apaixonado a bater junto ao meu. Estúpido e lastimável ser que tornei-me, cabisbaixo e mundano de lamentações. Custei a acreditar que era a felicidade que me oferecias de peito aberto. Sem proteções entregas-te corpo e alma, e eu atônito ao medo, deixei-te cair e machucar-te por inteira.
Agora vejo-te presa nesta cama, presa a uma jogatina do amor de repercussão miseravelmente cruel, que mesmo não sendo intencional, ainda sim não sobressai de meus ombros a responsabilidade e a culpa, por tua compreensível falta de credibilidade em meus sentimentos desde então. Mas não julgo-te, tens todo direito de acusar-me por suas cicatrizes e mágoas. Apedreje-me! Só querias a minha felicidade, e encontra partida, apenas ocasionei-te a dor.
No entanto querida, não sairei do encalço desta cama onde dormes o repouso dos decepcionados. Não desistirei de cuidar de ti, mesmo que a distância, mesmo que nem saibas que continuo a te observar. O irônico é que hoje és tudo que mais quero, e hoje, és tu quem decides querer ou não a companhia de um renegado coração. E como fazê-lo, se tens diante de ti, alguém que só te trouxe mágoa, que só arrancou-te lágrimas?
Não peço-te que confies em mim novamente, seria pedir demais. Apenas deixe-me, mesmo que de longe, fazer parte da tua vida e mostrar-te que em minha falta de expressão e explicações, posso ser a companhia que precisas.

O que anseio hoje, apenas os teus lábios e o teu corpo podem me dar, mas infelizmente não tenho mais o direito de pedir-lhes tais comprometimentos. Na clausura desta noite enevoada, apenas desejo as estrelas, como quem deseja ter de volta um brilho de felicidade e perdão em seu coração, hoje tão solitário, sem o teu...


Shell

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Irmãos Karamazóv




"Com a força que sinto em mim, creio-me capaz de suportar todos os
sofrimentos, contanto que me possa dizer a cada instante: "Eu existo".
Entre tormentos, crispado pela tortura, mas existo! Exposto ao pelourinho, eu existo
apesar de tudo, vejo o sol e, se não o vejo, sei que está lá.

E saber isso já é toda a vida."

( Os Irmãos Karamazóv - Dostoiévski)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O mundo é um moinho




O Mundo É Um Moinho
Cazuza
Composição: Cartola


Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Final Feliz




(música)
De vozes soam ao relento a me lembrar de um tempo que nunca vivi.
Andanças por um mundo sóbrio, de embriaguês sem fim...
Confuso e triste em pensamentos, obscuros os momentos em que estou só...
Lembranças que se vão com o tempo, de um passado sem lamento, de alegria e bons momentos em que nem me lembro se vivi...
Reflito preso em clichês baratos, no rosto de alguns pobres coitados desejando ser assim.
Frustrado com minha realidade, com a angustia da saudade a se mostrar sem fim.
Sempre um pouco diferente, como alguém que não pertence, como sempre um ser ruim...
Cansado de tantos fracassos, decepções, sonhos sem casos, devaneios de alguém que diz...

Que nunca parou de lutar, que teima, insiste em acreditar ser feliz...
Que sonha com dragões e fadas, histórias em que dê risada...
Que sinta ser parte...
De um final feliz...


Shell

sábado, 13 de novembro de 2010

Sem rumo




E no deslumbre do silêncio os pensamentos escorrem por entre a variação do significado de discernir a realidade. No simples pensamento a agonia da incerteza das imagens que sempre ficarão presas ao que poderia ser.
Ao longe me escondo e sem que percebas continuo a te observar. A ver como tens amadurecido e como está radiante o teu sorriso. Em tuas sombras um menestrel de face obscura e triste, que já não compreende mais as possibilidades de transformar sonhos em realidade. Um alguém que vagueia sem rumo em busca de um sorriso que me lembre aquele que a muito tiraste de mim.


Shell

domingo, 24 de outubro de 2010

Correndo pela vida




O texto a seguir relata uma história real, repleta de emoção, suspense, drama e muuu...uuita ação!!

As linhas a seguir são fortes...

Do nosso heroico Ayslan a narrativa

"Correndo pela vida

cara
sente so o drama q vivi agorinha
ainda to me tremendo
um cara bebado, para o carro dele proposital para o cara de tras bater
nele.e quando ele bate, o bebado diz q nao sai de la sem a pericia xegar.e
fica falando alto, insultando o outro, batendo no outro, nao deixando o outro
entrar no carro dele p ir embora.dizendo q se ele entrar ele vai apanhar
e eu assistindo tudo isso
quando o cara nao bebado resolve em fim bater no bebado, ele acaba
apanhando do bebado.mas deu 2 socos muito forte no bebado e o bebado se
irrita mais ainda e tem a oportunidade de pegar a arma q ta em seu
carro.enquanto o bebado foi pegar a arma o cara tava saindo de re...
ai todos q estavam vendo a confusao viram o bebado pegando a arma e eu
corri como nunca corri em minha vida
so q o cara q tava dando a re fez uma merda tao grande.ele saiu na direção
q todo mundo tava correndo
e eu me desesperei demais e corri mais ainda.corri tanto q minhas pernas
nao me acompanharam q eu cai
e no segundo seguinte me levantei
e corri mais ainda
entao o bebado pegou o seu carro e foi atras do cara
e passou perto da gente
e eu senti o cheiro de borracha queimada
e quando pensei q tudo estava terminado...eu andando normalmente por
outras bandas, p chegar aqui em casa, o bebado passa novamente e resolve
dar uma re em minha direçao.bem ai eu corri mais ainda e entrei na
primeira rua e me escondi
tava na cara q ele queria matar alguem
iae cara
oq tu axas disso tudo?"


Aproveite e comente você o que achou!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

4 palavras em um giga de solidão




O dia despertava com os raios a fulminarem e dilatarem as minhas pupilas, ainda zonzo com o sono descomunal dei vazão ao meu dia normalmente.
Despreocupado e completamente desligado de qualquer chateação conversava com os amigos quando recebi a notícia.

Eu perdi!

Simplesmente perdi.

Como seria possível?

Foram tantos anos de companheirismo, fidelidade, união extrema. Lembrei-me naquele instante dos momentos mais difíceis que já passei, daqueles de vida ou morte, e quando pensava que estava tudo perdido era você a me salvar. Simplesmente foi você...
Todas as noites a me acompanhar nas horas mais tardias e frias era sempre você que estava lá...
E agora, como seria sem você?
Não posso aceitar, eu não quero aceitar...

Descarrego toda a minha frustração e incredulidade nas perguntas fora de hora dos amigos. Coitados, nada tem com o meu problema. A perda é minha e só minha...
Com tanto amor e carinho atribuído a você e simplesmente você some!!
Não quero acreditar nas possibilidades de viver em um mundo sem você.
Meus olhos opacos e fora de órbita, lacrimejam em uma súbita distração e devaneio ao passado... E aos poucos vou me dando conta de que você se foi, talvez pra sempre, e mesmo que eu te substitua JAMAIS será a mesma cosia!
Com aquela tristeza já tomando conta de mim e tentando me conformar, completamente cabisbaixo, escuto ao longe os gritos...

“Sheeeell, esta aqui... Esta aqui!!! Tu não perdeu!!!”

E majestosamente, como naquelas cenas de fim de filme com direito a trilha sonora, câmeras lentas, um brilho diferente, um cenário mágico o nosso encontro...

Quando te peguei nos braços quase não acreditei, dei pulos de alegria, abracei a todos a minha volta, falei com todos os meus amigos, dos que há muito não falava aos que falava naquele momento...

A felicidade explodia ao te ver de novo, meu querido e maravilhoso...

PEN DRIVE.



Shell

Já não te vejo mais




Olho cansado ao lado e não te vejo mais
Perdido em um caminho que não da mais pra voltar.
Talvez já seja hora de entender que não da mais
Esquecer aquela historia de poder me desculpar.

Vou agradecer ao tempo por tudo que passou
E olhar nos teus olhos, sentir que terminou...

De tantos caminhos percorridos nós fugimos daquele ideal a nós
E em outros braços e abraços esquecemos a solidão
E a felicidade que hoje nos invade nos faz esquecer o que um dia existiu
Deixar no passado um amor que, aconteceu?


Shell

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meus Pensamentos Ocultos



Sonetos, versos, poemas ou simplesmente frases. Onde estão que há muito não os vejo?
Sinto saudade de quando afloravam e martelavam incansavelmente em minha cabeça. De quando me obrigavam a excomungá-los de mim...

Como puderam abandonar-me, deixar-me em companhia destes deveres...???

Estudar!! Estudar!!! Estudar!!!!!

Não penso em mais nada, não faço mais nada. E a tal da vida social? Dos amores? Do apaixonar-se?
Às vezes penso que as primaveras passaram rápido demais dentro de mim. Externamente conservo esta aparência ora jovem, bem tratada, ora mendiga e desleixada...

Tenho cobrado tanto de mim, que meus novos amigos são caracterizados em quantidade de folhas ou essência de conteúdo.

Isso tudo porque vocês me deixaram, ou será que fui eu quem os afastou???

Meus Pensamentos Ocultos...


Shell

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cordeirianismo




“Nenhum homem é uma ilha”
Essa é a teoria desenvolvida por Thomas Morus, baseada no ponto de vista dos valores, da moral. Morus afirma que todos sofrem influência do meio, da cultura, dos valores que o norteiam para criação de sua própria concepção de mundo. De fato os valores que hoje julgamos como certos ou errados já existiam antes mesmo de existirmos, o que nos leva a crer que, para inserção de tais valores é necessário o convívio e a influência do meio social, por isso a idéia de que nenhum homem é uma ilha. Todos precisam da interação social para atribuição de seus valores. Contudo esta teoria não é absoluta.
Com base nos próprios valores que absorvi do mundo posso afirmar que:
Nenhum homem é uma ilha, até certo momento.
Afirmo esta teoria com a visão de que é necessário sim o convívio social como ferramenta de construção de valores. No entanto alguns homens atingem um estágio chamado de “visão crítica”, onde deixam de fazer parte de uma massa e passam a remeter os valores incumbidos a si por meio de uma análise crítica dos valores que o rodeiam. Neste instante, estes homens passam a ser suas próprias ilhas.
A intelectualidade revela isso. Quantas vezes um gênio não foi julgado como louco?
Eles possuíam concepções críticas, já não faziam mais parte da massa, afastavam-se cada vez mais da alienação e formavam suas próprias ilhas.
Durante a Pangea, todos os continentes eram unidos e ao longo da sucessão dos séculos eles foram se afastando. O ser humano é da mesma forma, inicia-se em uma massa de valores e ao longo de seu desenvolvimento crítico-intelectual, afasta-se e busca a formação de sua própria “ilha”.

Nenhum homem nasce como uma ilha, mas torna-se uma com o seu desenvolvimento intelectual.



Shell

Colapso




Regras, regras, regras. Incumbido de aceita-las sem ao menos questioná-las.

Ditadura?

Não! É claro que não!
São apenas os acadêmicos pensando por todos e justificando o que é benéfico a uma nação sem sequer perguntar:
“ – O que acham?”


Shell

domingo, 8 de agosto de 2010

Pretensão




Um incerto que li me fez questionar sobre minha derradeira lealdade a teoria da relatividade: “tudo é relativo”
Refletindo nessa frase, após a tal leitura fiquei a pensar.
Se tudo é relativo, como posso afirmar com tal convicção a certeza dessa frase?
Logo ela deveria ser relativa também, mas se ela for estaria negando a si mesma.
Seria um paradoxo. Confuso?
Eu não poderia afirmar essa teoria, mas sim “relativala”, mas se eu o fizesse deixaria brechas a possibilidades inversas. Neste caso poderia dizer que tudo é relativo até mesmo esta teoria, mas se fizesse isso, o tudo, teria de incluir a própria teoria, o que por sua vez não ocorre, pois a deixaria vulnerável. Logo seria mais fácil criar um “tudo” onde a teoria por si só não fizesse parte.
O que a torna falha do mesmo modo.

Talvez o mais correto fosse afirmar que:
“Nem tudo é relativo”

Ou simplesmente eu finalizar este texto e parar de blasfemar sobre a teoria de um dos maiores gênios que já se viu.


Shell