domingo, 12 de dezembro de 2010

K.M- Hoje




Hoje eu senti saudade da sua irritante forma de comigo se preocupar.
Hoje lamentei à tarde que só a tua ausência pôde ocupar...

Hoje desejei ler mentes pra saber um pouco como vai você.
Hoje acordei mais bobo, sem as palavras certas para escrever...

Hoje a noite ficou assim, de rimas baratas e saudade evidente.
Hoje troco todas as frases pelo calor do teu beijo ardente...

Hoje eu senti a falta das suas manias, das mais estranhas.
Hoje eu escrevi saudade, de diversas formas, enquanto a
Façanha...
De te ver sempre que quiser, não for possível!
Transcreverei o protesto por tamanha injustiça...
Minha irritante-estranha-Asperger favorita...


Shell

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

|=|=|=|=|



Que silêncio acusador é esse que distorce as melodias do meu peito me provoca um formigamento na face e a calmaria de um menino?
Às vezes tenho a nítida sensação que o conheço de algum lugar, por vezes imagino ser algo que nunca tenha sentido antes. A razão para tal equilíbrio e paz dentro de mim se da por qual razão?
Confesso que não me dei o trabalho de dissertar aqui respostas, apenas fechei os olhos... Arredia, manhosa, educada e simples dançavas para mim e escondia-se do mundo para que aos olhos tais, não soubessem dos teus encantos e segredos. Minha Asperger favorita.



Desejo que as juras sinceras e eternas não cheguem a nós, nos basta à certeza das incertezas existentes depois da curva.


Shell

domingo, 5 de dezembro de 2010

Monólogo de um coração solitário



E hoje, a noite por pena faz companhia a minha sinuosa solidão, escondendo-lhe as estrelas e uma possível felicidade. Isto porque, hoje não quero festas, nem alegrias, apenas lamentar-me por minha notável falta de talento nas artimanhas do amor, por minha evidente capacidade e disposição na arte do medo, da fuga, da incapacidade de retratar-me e encarar os desafios do coração. (Provo tais afirmações nestas linhas, onde não encontrei as palavras para dizer-te, mas sim onde busco o sentido para expressar-me.)
Estas nuvens que hoje enchem de incertezas a noite, são as mesmas que assolam o meu coração. Na clausura de encontrar as palavras certas a dizer-te, que, eu lamento, mas que tudo, eu lamento. Infelizmente já é tarde, a ferida que causei em teu peito é profunda demais. Sem previsões de melhora. Definida como um pressuposto estado de coma, dependendo apenas de ti para reagir. Enquanto isso, a mim resta apenas condenar-me por teu estado. Felizmente não podes ver-me a depreciar-me tanto, felizmente a minha angústia guardo apenas comigo, e sem que possas saber, sofro calado pelo mal que lhe fiz.
E pensar que isto tudo por ter tido em minhas mãos aquilo que tanto desejei ter. Isso tudo por ter tido a felicidade e o sincronismo de um coração apaixonado a bater junto ao meu. Estúpido e lastimável ser que tornei-me, cabisbaixo e mundano de lamentações. Custei a acreditar que era a felicidade que me oferecias de peito aberto. Sem proteções entregas-te corpo e alma, e eu atônito ao medo, deixei-te cair e machucar-te por inteira.
Agora vejo-te presa nesta cama, presa a uma jogatina do amor de repercussão miseravelmente cruel, que mesmo não sendo intencional, ainda sim não sobressai de meus ombros a responsabilidade e a culpa, por tua compreensível falta de credibilidade em meus sentimentos desde então. Mas não julgo-te, tens todo direito de acusar-me por suas cicatrizes e mágoas. Apedreje-me! Só querias a minha felicidade, e encontra partida, apenas ocasionei-te a dor.
No entanto querida, não sairei do encalço desta cama onde dormes o repouso dos decepcionados. Não desistirei de cuidar de ti, mesmo que a distância, mesmo que nem saibas que continuo a te observar. O irônico é que hoje és tudo que mais quero, e hoje, és tu quem decides querer ou não a companhia de um renegado coração. E como fazê-lo, se tens diante de ti, alguém que só te trouxe mágoa, que só arrancou-te lágrimas?
Não peço-te que confies em mim novamente, seria pedir demais. Apenas deixe-me, mesmo que de longe, fazer parte da tua vida e mostrar-te que em minha falta de expressão e explicações, posso ser a companhia que precisas.

O que anseio hoje, apenas os teus lábios e o teu corpo podem me dar, mas infelizmente não tenho mais o direito de pedir-lhes tais comprometimentos. Na clausura desta noite enevoada, apenas desejo as estrelas, como quem deseja ter de volta um brilho de felicidade e perdão em seu coração, hoje tão solitário, sem o teu...


Shell

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Irmãos Karamazóv




"Com a força que sinto em mim, creio-me capaz de suportar todos os
sofrimentos, contanto que me possa dizer a cada instante: "Eu existo".
Entre tormentos, crispado pela tortura, mas existo! Exposto ao pelourinho, eu existo
apesar de tudo, vejo o sol e, se não o vejo, sei que está lá.

E saber isso já é toda a vida."

( Os Irmãos Karamazóv - Dostoiévski)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O mundo é um moinho




O Mundo É Um Moinho
Cazuza
Composição: Cartola


Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Final Feliz




(música)
De vozes soam ao relento a me lembrar de um tempo que nunca vivi.
Andanças por um mundo sóbrio, de embriaguês sem fim...
Confuso e triste em pensamentos, obscuros os momentos em que estou só...
Lembranças que se vão com o tempo, de um passado sem lamento, de alegria e bons momentos em que nem me lembro se vivi...
Reflito preso em clichês baratos, no rosto de alguns pobres coitados desejando ser assim.
Frustrado com minha realidade, com a angustia da saudade a se mostrar sem fim.
Sempre um pouco diferente, como alguém que não pertence, como sempre um ser ruim...
Cansado de tantos fracassos, decepções, sonhos sem casos, devaneios de alguém que diz...

Que nunca parou de lutar, que teima, insiste em acreditar ser feliz...
Que sonha com dragões e fadas, histórias em que dê risada...
Que sinta ser parte...
De um final feliz...


Shell

sábado, 13 de novembro de 2010

Sem rumo




E no deslumbre do silêncio os pensamentos escorrem por entre a variação do significado de discernir a realidade. No simples pensamento a agonia da incerteza das imagens que sempre ficarão presas ao que poderia ser.
Ao longe me escondo e sem que percebas continuo a te observar. A ver como tens amadurecido e como está radiante o teu sorriso. Em tuas sombras um menestrel de face obscura e triste, que já não compreende mais as possibilidades de transformar sonhos em realidade. Um alguém que vagueia sem rumo em busca de um sorriso que me lembre aquele que a muito tiraste de mim.


Shell

domingo, 24 de outubro de 2010

Correndo pela vida




O texto a seguir relata uma história real, repleta de emoção, suspense, drama e muuu...uuita ação!!

As linhas a seguir são fortes...

Do nosso heroico Ayslan a narrativa

"Correndo pela vida

cara
sente so o drama q vivi agorinha
ainda to me tremendo
um cara bebado, para o carro dele proposital para o cara de tras bater
nele.e quando ele bate, o bebado diz q nao sai de la sem a pericia xegar.e
fica falando alto, insultando o outro, batendo no outro, nao deixando o outro
entrar no carro dele p ir embora.dizendo q se ele entrar ele vai apanhar
e eu assistindo tudo isso
quando o cara nao bebado resolve em fim bater no bebado, ele acaba
apanhando do bebado.mas deu 2 socos muito forte no bebado e o bebado se
irrita mais ainda e tem a oportunidade de pegar a arma q ta em seu
carro.enquanto o bebado foi pegar a arma o cara tava saindo de re...
ai todos q estavam vendo a confusao viram o bebado pegando a arma e eu
corri como nunca corri em minha vida
so q o cara q tava dando a re fez uma merda tao grande.ele saiu na direção
q todo mundo tava correndo
e eu me desesperei demais e corri mais ainda.corri tanto q minhas pernas
nao me acompanharam q eu cai
e no segundo seguinte me levantei
e corri mais ainda
entao o bebado pegou o seu carro e foi atras do cara
e passou perto da gente
e eu senti o cheiro de borracha queimada
e quando pensei q tudo estava terminado...eu andando normalmente por
outras bandas, p chegar aqui em casa, o bebado passa novamente e resolve
dar uma re em minha direçao.bem ai eu corri mais ainda e entrei na
primeira rua e me escondi
tava na cara q ele queria matar alguem
iae cara
oq tu axas disso tudo?"


Aproveite e comente você o que achou!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

4 palavras em um giga de solidão




O dia despertava com os raios a fulminarem e dilatarem as minhas pupilas, ainda zonzo com o sono descomunal dei vazão ao meu dia normalmente.
Despreocupado e completamente desligado de qualquer chateação conversava com os amigos quando recebi a notícia.

Eu perdi!

Simplesmente perdi.

Como seria possível?

Foram tantos anos de companheirismo, fidelidade, união extrema. Lembrei-me naquele instante dos momentos mais difíceis que já passei, daqueles de vida ou morte, e quando pensava que estava tudo perdido era você a me salvar. Simplesmente foi você...
Todas as noites a me acompanhar nas horas mais tardias e frias era sempre você que estava lá...
E agora, como seria sem você?
Não posso aceitar, eu não quero aceitar...

Descarrego toda a minha frustração e incredulidade nas perguntas fora de hora dos amigos. Coitados, nada tem com o meu problema. A perda é minha e só minha...
Com tanto amor e carinho atribuído a você e simplesmente você some!!
Não quero acreditar nas possibilidades de viver em um mundo sem você.
Meus olhos opacos e fora de órbita, lacrimejam em uma súbita distração e devaneio ao passado... E aos poucos vou me dando conta de que você se foi, talvez pra sempre, e mesmo que eu te substitua JAMAIS será a mesma cosia!
Com aquela tristeza já tomando conta de mim e tentando me conformar, completamente cabisbaixo, escuto ao longe os gritos...

“Sheeeell, esta aqui... Esta aqui!!! Tu não perdeu!!!”

E majestosamente, como naquelas cenas de fim de filme com direito a trilha sonora, câmeras lentas, um brilho diferente, um cenário mágico o nosso encontro...

Quando te peguei nos braços quase não acreditei, dei pulos de alegria, abracei a todos a minha volta, falei com todos os meus amigos, dos que há muito não falava aos que falava naquele momento...

A felicidade explodia ao te ver de novo, meu querido e maravilhoso...

PEN DRIVE.



Shell

Já não te vejo mais




Olho cansado ao lado e não te vejo mais
Perdido em um caminho que não da mais pra voltar.
Talvez já seja hora de entender que não da mais
Esquecer aquela historia de poder me desculpar.

Vou agradecer ao tempo por tudo que passou
E olhar nos teus olhos, sentir que terminou...

De tantos caminhos percorridos nós fugimos daquele ideal a nós
E em outros braços e abraços esquecemos a solidão
E a felicidade que hoje nos invade nos faz esquecer o que um dia existiu
Deixar no passado um amor que, aconteceu?


Shell

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meus Pensamentos Ocultos



Sonetos, versos, poemas ou simplesmente frases. Onde estão que há muito não os vejo?
Sinto saudade de quando afloravam e martelavam incansavelmente em minha cabeça. De quando me obrigavam a excomungá-los de mim...

Como puderam abandonar-me, deixar-me em companhia destes deveres...???

Estudar!! Estudar!!! Estudar!!!!!

Não penso em mais nada, não faço mais nada. E a tal da vida social? Dos amores? Do apaixonar-se?
Às vezes penso que as primaveras passaram rápido demais dentro de mim. Externamente conservo esta aparência ora jovem, bem tratada, ora mendiga e desleixada...

Tenho cobrado tanto de mim, que meus novos amigos são caracterizados em quantidade de folhas ou essência de conteúdo.

Isso tudo porque vocês me deixaram, ou será que fui eu quem os afastou???

Meus Pensamentos Ocultos...


Shell

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cordeirianismo




“Nenhum homem é uma ilha”
Essa é a teoria desenvolvida por Thomas Morus, baseada no ponto de vista dos valores, da moral. Morus afirma que todos sofrem influência do meio, da cultura, dos valores que o norteiam para criação de sua própria concepção de mundo. De fato os valores que hoje julgamos como certos ou errados já existiam antes mesmo de existirmos, o que nos leva a crer que, para inserção de tais valores é necessário o convívio e a influência do meio social, por isso a idéia de que nenhum homem é uma ilha. Todos precisam da interação social para atribuição de seus valores. Contudo esta teoria não é absoluta.
Com base nos próprios valores que absorvi do mundo posso afirmar que:
Nenhum homem é uma ilha, até certo momento.
Afirmo esta teoria com a visão de que é necessário sim o convívio social como ferramenta de construção de valores. No entanto alguns homens atingem um estágio chamado de “visão crítica”, onde deixam de fazer parte de uma massa e passam a remeter os valores incumbidos a si por meio de uma análise crítica dos valores que o rodeiam. Neste instante, estes homens passam a ser suas próprias ilhas.
A intelectualidade revela isso. Quantas vezes um gênio não foi julgado como louco?
Eles possuíam concepções críticas, já não faziam mais parte da massa, afastavam-se cada vez mais da alienação e formavam suas próprias ilhas.
Durante a Pangea, todos os continentes eram unidos e ao longo da sucessão dos séculos eles foram se afastando. O ser humano é da mesma forma, inicia-se em uma massa de valores e ao longo de seu desenvolvimento crítico-intelectual, afasta-se e busca a formação de sua própria “ilha”.

Nenhum homem nasce como uma ilha, mas torna-se uma com o seu desenvolvimento intelectual.



Shell

Colapso




Regras, regras, regras. Incumbido de aceita-las sem ao menos questioná-las.

Ditadura?

Não! É claro que não!
São apenas os acadêmicos pensando por todos e justificando o que é benéfico a uma nação sem sequer perguntar:
“ – O que acham?”


Shell

domingo, 8 de agosto de 2010

Pretensão




Um incerto que li me fez questionar sobre minha derradeira lealdade a teoria da relatividade: “tudo é relativo”
Refletindo nessa frase, após a tal leitura fiquei a pensar.
Se tudo é relativo, como posso afirmar com tal convicção a certeza dessa frase?
Logo ela deveria ser relativa também, mas se ela for estaria negando a si mesma.
Seria um paradoxo. Confuso?
Eu não poderia afirmar essa teoria, mas sim “relativala”, mas se eu o fizesse deixaria brechas a possibilidades inversas. Neste caso poderia dizer que tudo é relativo até mesmo esta teoria, mas se fizesse isso, o tudo, teria de incluir a própria teoria, o que por sua vez não ocorre, pois a deixaria vulnerável. Logo seria mais fácil criar um “tudo” onde a teoria por si só não fizesse parte.
O que a torna falha do mesmo modo.

Talvez o mais correto fosse afirmar que:
“Nem tudo é relativo”

Ou simplesmente eu finalizar este texto e parar de blasfemar sobre a teoria de um dos maiores gênios que já se viu.


Shell

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

L.L




"Não preciso dos teus beijos para saber que és perfeito pra mim...
Os teus olhos me bastam.
Se tu soubesses, meu amor, que tens os olhos de ressaca(como os da Capitu, de Dom Casmurro), talvez me olhasses mais, para fazer como o mar ressacado: que prende, puxa pra si e por fim – traga.
Se soubesses talvez me tragaria – eu confesso: Não ficaria nenhum pouco incomodada em ser só tua, assim como as ondas são do mar.
Quando pegas a minha mão, ainda que seja para atravessar a rua, já me fazes a guria mais feliz do mundo. Quando estou contigo os problemas se dissipam, a escola não existe e chego a pensar que sempre foste meu, antes mesmo de nos conhecermos... E que serás meu sempre.
É incrível como o som da tua voz, o barulho dos teus passos largos e calmos, o bater do teu coração, o ir e vir da tua respiração, já enche meu coração da mais pura felicidade(aquela que transborda). A facilidade com a qual perpassamos dentre os mais variados assentos, que vão de banda favorita a o que gostamos de comer, o modo que nos entendemos, as piadas que fazemos um do outro...
Parece que sempre fomos felizes juntos... Que a ferida nunca foi aberta.

Amar é mesmo plenitude.


P.S: Eu te amo.”

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que não se pode entender




Nossa! Como me fazes falta. Hoje mais que nunca. Esta nostalgia tão intensa me faz refletir no tempo, ou simplesmente em você.
Em associações mais provincianas tenho-te em mim como engrenagem de grande valia responsável pelo melhor funcionamento do meu necrosado coração. No entanto, existem formas paralelas de fazer com que funcione, mas nada poderia demonstrar mais esplendor do que a plenitude de seu carinho em vontade de querê-lo pra si.
Infelizmente as realidades são variáveis e os contextos a esperar novos atores e atrizes a contracenar em suas cenas de melancolia. O que é mais sofrível é que nem fazes idéia do quanto eu desejo o teu abraço. Quantos versos dedicados a ti, quantas noites a imaginar um sorriso teu. Quando te ligo ainda escuto a tua voz embargada e triste. O meu peito se fecha em agonia.


Shell

O que não se pode explicar




O sussurro do vento que sopra em meu ouvido, traz-me o teu nome. Nos vitrais, nas janelas, nos pensamentos perdidos. Encontro-te em tudo que eu faço, estas em mim nesta noite. Mais viva e intensa que nunca. Uma chama ardente que incendeia-me em labaredas incontroláveis...


Shell

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ironia




Ironia(Crônica)

Talvez esta seja uma das palavras mais camaleônicas, variando facilmente entre os contextos e pessoas.

Recentemente recebi a proposta de uma bolsa de estudos. Achei genial, mas as coisas pra mim não costumam ser as mais simples. Já esperava alguma provável surpresa...
Recentemente também estava terminando de ler “Honoráveis bandidos” e “O Príncipe”. Ambos os livros retratam os passos e atitudes do excelentíssimo senhor “Sarney”.
Com estes dados mencionados você certamente já deve ter feito as devidas analogias, principalmente se é maranhense...
Exato meu amigo! A bolsa de estudos era pra universidade do Sarney. Pra ser bem sincero, não sei se é dele exatamente, mas, o nome “Biblioteca Presidente José Sarney” é muito sugestivo. Enfim, fui ao encalço dessa tal bolsa. Certas oportunidades valem à pena arriscar, principalmente quando se tem planos em mente...
Caros leitores, juro! Pensei que tratava-se de um shopping. Ao entrar vi todas aquelas moças e rapazes “mega” produzidos e arrumados. Fiquei por horas olhando pra cara de algumas garotas imaginando elas com a cara nos livros, estudando preocupadas com uma possível prova. Naquela tarde meus neurônios foram perdidos em vão.
Contudo algo não se pode negar, é uma infraestrutura invejável. Bem melhor que as federais e a estadual. No entanto, bem longe de aparentar um ambiente estudantil. Senti repulsa por estar naquele local com tanta futilidade a transbordar, mas fazer o que era uma bolsa de estudos. Continuei a peregrinar naquele ambiente hostil.
Ao chegar à sala de esperas percebi o real e derradeiro significado da ironia. Na moldura em um quadro a frase do Ruy Barbosa: “Fora da lei não há salvação”. Sarney definitivamente é um gênio. Ao lado, em outro quadro pra fechar com chave de ouro a honorável frase do bilionário Bill Gates: “Faça certo da primeira vez”. Refleti durante vários dias diante desses dizeres.
Enfim chegou a minha vez, depois de hoooooo...ooras de espera. Senhores e senhoritas, poucas vezes na minha precoce vida me deparei com algo TÃO burocrático... Tive que voltar em minha humilde residência duas vezes na mesma tarde no encalço de documentos e mais documentos, revirei tumbas para achá-los. Acabei por descobri que ainda não tinha a tal bolsa em mãos, eu teria que passar por uma “entrevista documentada” para então saber se poderia ser aprovado.
Caros leitores, na universidade do Sarney a verdade nunca é o caminho mais fácil e rápido. Isso mesmo meus amigos. Fui honesto... Como consequência tive que voltar mais 4 dias consecutivos nesta batalha burocrática.
Depois de uma exaustiva semana, aparentemente consegui a tal vaga, mas sabem amigos fiquei a me perguntar:
Seria pura ironia eu estudar na faculdade do Sarney?
Seria pura ironia meu estilo mal trapilho e mendigo em um ambiente tão estilisticamente correto?
Ou será que isso tudo não passa de puro preconceito meu?
Talvez por medo de ser, de alguma forma, influenciado por esse mundinho que eu tanto menosprezo. De qualquer forma tenho meus registros guardados neste blog pra lembrar-me quem sou...

Que o mosquito da corrupção e futilidade tenha alergia ao meu repelente. Composto por princípios e valores.


Ass: Cordeiro

sábado, 24 de julho de 2010

Perdoe-me




Perdoe este meu ceticismo...

Perdoe esta minha incredulidade em algumas pessoas e suas crenças.
Perdoe-me se a meu ver herói são aqueles que sobrevivem com um salário e mais três filhos. Sobrevivem de forma HONESTA.
Perdoe-me se pra mim santidade esta nas pessoas que realizam seus projetos sociais sem visar o lucro. No intuito único e exclusivo de ajudar.
Perdoe-me se eu não sou de acordo com essa sua hipócrita e cara de pau religião.
Perdoe-me se tento ver alem do que os meus cansados e falhos olhos podem ver.
Perdoe-me se acredito mais em suas atitudes e menos em suas palavras.
Perdoe-me se não acredito em suas mentiras no horário eleitoral; se eu não acreditar nas suas juras de amor eterno.
Perdoe-me por não corresponder as suas expectativas amorosas, sociais, estéticas e financeiras.
Perdoe-me por minha vida boêmia, por meus poemas horrendos, por minha barba mal feita, por minha falta de estilo, por não ligar pra “modinhas”, por não me importar com marcas, por ter determinadas convicções...

Enfim, perdoe-me pois, em meu sarcasmo absoluto, jamais conseguiria viver sem este almejado perdão seu...


Shell

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reflexão




Relevantes são as contravenções ocorrentes em noites cujo álcool e batida animada sintetizam seres humanos mais carnívoros e instintivos.
Talvez justifique a ânsia, por aqueles, aparentemente mais sedutores e convenientes. Um ser de biótipo franzino dificilmente teria vez em tal ambiente, pois enquadra-se na realidade daquele que deve ser olhado mais de uma vez, com olhos mais minuciosos, para então ser julgado com atrativo aos desejos alheios. Um alguém desta natureza não seria aquele de agradar-se com o olhar fulminante e enlouquecedor, mas certamente seria aquele da conversa a dois. Do conteúdo existente em uma conversa, trivial que seja, onde se tivesse que dizer mais que um: “oi gata”. Mas infelizmente esta não foi à realidade dessa noite. E alguns seres continuam por ai.

Despercebidamente existentes na calada da noite.



Shell

Tardio amor



As madrugadas já não são tão solitárias. Tenho papel, tinta e uma imaginação fértil a me fazerem companhia.

Na sua ausência, é o que me resta.

Através de minhas novas companhias posso escrever-te e dedicar-te minha ânsia em conhecê-la...



Meu atrasado...

E tardio amor...



Shell

domingo, 18 de julho de 2010

Delírios cognitivos




De que vale frases inovadoras se o sentimento ainda é o mesmo, se os pensamentos ainda percorrem o tempo de forma que a essência apenas absorve novos casulos...



Shell

{...}




Queria às vezes poder te ligar e dizer um oi, saber de você como um cara qualquer. Mas infelizmente as coisas não são tão simples.
Só de imaginar como você reagiria. Bem, poderia fazer dessa inocente ligação algo bastante humilhante.
Então ficamos assim. Sem causar mais problemas as linhas telefônicas.



Shell

Boa noite




É hora de jogar fora o que sobrou.

Te esperei a noite toda.

O jantar esfriou.

Já estou cansado e preciso ir dormir, onde estiver, tenha uma boa noite.



P.S: Não deixarei a lâmpada do abajur acesa, se quiser acenda você mesma.


Shell

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Nós




Completamente insolúveis e indigestos. Quanto mais se aproximam, mais desejamos fugir. É inevitável.
Temos essa forma de agir e vagar pelo mundo, solitários ao nosso modo. Preferimos assim, a atinência de pensamentos, as certas incertezas. Tão inconstantes e predominantes em nossos pensamentos que acabamos por ser os donos de nossa asfixia.

Letais a nós...
Letais ao mundo...

Mas por favor, peço que não nos julguem. Não nos condenem.
Temos nossos horizontes poéticos demais...

Imaginamos coisas inimagináveis por essa conspiração de viver sem enxergar o que está além.
Escrevemos muitas vezes para nós. Para nossa compreensão mútua. Em nossas entrelinhas apenas nós nos deciframos, mas infelizmente não podemos nos completar. Não faz parte de nós.
A verdade é que temos medo. Sempre fugimos. O quão covarde ainda teremos de ser para demonstrar que a nossa autossuficiência é falha?
Eu não sei, talvez nem você. Enquanto isso vamos vivendo convictos em nossas incertezas, incredulidades e principalmente, em nossa forma de julgar o que melhor nos convém.


Shell

Se eu disser




Se eu disser que "te amo"
Muitos entenderiam errado
Mas não você
Saberia exatamente a sinceridade do meu sentimento
Do meu penar, da ânsia em tê-la ao meu lado
E talvez, quando alguém dispusesse-se a enxergar
O que vai além dessa simples expressão
Compreenderia também o meu sentimento
Pois não posso resumir o que és pra mim com frases bonitas
Palavras românticas e discursos simplórios
Mas posso me fazer valer em clichês sinceros,
Em textos que não dizem ao mundo muita coisa,
Mas dizem o que é preciso a você.
A saudade que se acumula e transborda
Faz morada em mim e
Certamente
Em você também...


Shell

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ex amor




Hoje me pego pensando nas diversas possibilidades. De como seria, o hoje, se eu tivesse tomado decisões contrárias. Enfim, se tivesse sido menos covarde e mais compreensivo com o que sentir.
Às vezes fico a imaginar voltando pra você, como seriamos felizes, como tudo poderia ser diferente. Mas sei que isso é pura suposição da minha fértil imaginação. Infelizmente o nosso tempo já passou, embora eu o queira de volta muitas vezes, não da mais...
Agora a mim só cabe, conter o meu ciúme e ser o mais sincero possível caso um provável pretendente seu queira saber por mim como és.
Manterei-me em apenas sinceridade, prometo. Direi o quanto és maravilhosa, gentil, educada, inteligente, esforçada e assim como eu, completamente atrapalhada nesse jogo do amor...
Devo ser o cara mais contraditório deste quarteirão, ou simplesmente dessa casa, ou desse quarto. Não posso me comparar ao mundo, não sei deles... Sei apenas de mim. Sei que às vezes só quero o teu abraço, o teu carinho, mas às vezes não. Há momentos que a sua ausência é gritante, mas também há momentos que só a minha solidão me conforta.
Enfim, me conheces muito bem. Sabe o quão estranho e louco eu sou. Sei que hoje está feliz em companhias novas, ou em sua autossuficiência. E eu, tenho que parar de imaginar tantos se, talvez, quem sabe, se fosse diferente... Foi maravilhoso e me deixa saudade, me deixa sem explicação, sem argumentos. Acho até melhor assim, nunca fui de explicar-me muito, quando errado apenas me calo e escuto... Nossa, quanta bronca já ouvi desse sofrível coração aqui...
Mas você já deve saber de tudo isso, meu pseudônimo sempre deixa transparecer em seus textos dedicados a você no subliminar. Mas dessa vez, dedico-te este texto sem pseudônimos, sem muitas explicações.
Dedico a quem já senti algo bastante forte e que hoje posso chamar carinhosamente de...

Ex amor.


Ass: Michel Cordeiro

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prolixo




Pensamentos difusos hoje conspiram ao te ver
Sem doces explicações, sem ao menos um por que
Fantasias são tão reais que até parecem fazer sentido
Mas quando a luz se apaga é só mais um corpo frio e sem abrigo

Que não sabe mais o que fazer sem ter você aqui
Que não aguenta mais tantas noites em claro imaginando como seria o teu abraço

Que só quer ter você aqui
Que só quer ter você aqui

Quantas verdades já viraram mentira
Quantas certezas do que fazer
Olho em teu rosto o refúgio que um dia
Imaginei que pudesse ter, mas...

O tempo te leva pra longe daqui
O tempo te leva pra longe de mim...

Me perco hoje em meus pensamentos
Me encontro imaginando os teus
Respondendo com meu triste olhar
Que o meu destino a muito já é teu

Eu me perco em teu intenso olhar, ao imaginar o calor do teu beijo
A desejar o abraço que ameniza tanto o desejo de te ter hoje aqui

De te ter sempre mais perto de mim



Sei que não é só de sonhos que se vive um grande amor
Sei que só a minha imaginação não vai trazer-me o teu calor
Mas todas as vezes que a noite chegar
A lua trará o teu sorriso pra mais perto de mim...

Shell

Hoje





(música)
Hoje me pego por horas a fitar o teu sorriso
A sonhar com o teu abraço, pensamentos sem juízo

Hoje eu paro por horas decifrando o teu olhar
Imaginando um caminho onde eu pudesse me encontrar

Em ti...

Hoje me sinto disposto a caminhar por horas, a atravessar cidades
A soterrar de vez em meu peito a angustia e a saudade

Hoje eu nem preciso do sol, me basta o dourado dos teus cabelos
Hoje a lua tardia, perdeu pro meu intenso desejo

O de te ter aqui...

Que o hoje não se acabe, ou que me leve pra mais perto de ti
E que me dê este sorriso que faz eu te encontrar em mim

E que hoje eu ao menos chegue perto do que um dia você sonhou
E que em meus acordes e versos o silêncio se preencha com um beijo de amor.


Shell

quinta-feira, 8 de julho de 2010

01:25




O jogo do amor é peculiar, a atração momentânea da magia inicial faz tudo parecer especial, sagrado ou simplesmente perfeito.
O racional pouco se mete, o sentimento flui...
Enquanto tudo fica ao imaginário, não há imperfeições. As coisas mais sutis são incomparavelmente fantásticas...
Mediante aos fatos, prefiro ser o alguém da segunda ou terceira vista. Não quero soar perfeição, muito menos imaginá-la em alguém, pois não passará de ilusão...
Quero o descobrir e envolver-me pelos defeitos, admiti-los em mim se possível. Não quero que seja eterno, nem mágico... Sem fantasias.

Quero as coisas mais simples... O sorriso, o abraço, o conversar e compreender.
Ainda que tais realidades soem tão arrogantes e pretensiosas, as quero.
Não vivo em função de encontrar um alguém, vivo em função de viver, encontrar este alguém é pura consequência de uma longa caminhada...

Tentarei não confundir os sorrisos, nem os abraços... Estes se perdem e disfarçam-se em cada contexto, são aquilo que queremos que sejam, na hora que queremos... Quando a névoa esvai-se, mostram a sua realidade.

Não desejo fazer sentido, nexo, ter coesão ou coerência...

Sou como este texto, sem sentido, sem conexões...
Solto, vago, absorto...

Sei que pareço louco às vezes, falo coisas sem motivo, acho graça de coisas que as demais pessoas não achariam. Sinto-me estranho às vezes, como se não pudesse ser compreendido, como se estivesse em um mundo de pessoas iguais entre si, diferentes de mim... Acho que muitas pessoas sentem-se assim, tem seu lado sombrio e solitário, reservado a sua introspectividade, a sua contradição.


Sinto-me diferente na fila do ônibus, na noite, na festa, em companhias diferentes...

Estaria lúcido ou completamente louco?

Vivo a frente do meu tempo ou em um regresso infinito?

Imagino-me no passado, como um trovador ou ultrarromântico. Sinto-me assim quando penso no amor, gosto de sentir-me assim, lutando por uma busca perdida. Desafiando os padrões de normalidade e conceitos...



É madrugada aqui, 01:25 mais precisamente. Preciso acordar cedo...
Foi bom drenar um pouco tantos pensamentos simultâneos...

É hora de dar vazão a estes pensamentos em forma de sonhos, minha imaginação fértil é uma grande aliada na construção dos planos, na conquista dos meus objetivos.

Aqui me basta...


Shell

domingo, 27 de junho de 2010

Hipotermia




Autoria:Aranha/Shell

Mentiras insinuosas palpitam do coração de quem não é amado
Um corpo estranho que sente frio e quase nunca é acobertado
Para você, só para você, ele finge estar aquecido
Pois assim talvez perceba que ele possa te aquecer
E em suas doces incertezas talvez consiga perceber
Que aquele último sorriso já não era pra você

Aquele sorriso que guardei por tanto tempo, espero que um dia volte a merecer
Mesmo nesse ritmo lento, eu ainda posso entregar meu cobertor para você
Mesmo passado o tempo eu ainda posso lutar pra te ter
Aqui...
Mesmo que só por uma noite
Mesmo a calafrios e tormentos
Eu ainda posso ir atrás da luz só para enxergar você
Aqui...
Mesmo que seja só um piscar de olhos
Sei que durará pra mim tanto quanto a tempestade
Faz ruir um frio e solitário coração

Já não busco mais justificar o que senti
Eu só quero olhar em teus olhos sem me explicar, sem discernir
Hoje eu não quero mais tanta verdade pra ter você
O que eu mais preciso é ter teu coração batendo junto ao meu

Só mais uma vez...
Só mais uma derradeira pulsada...
De amor...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

<=Retro




O texto a seguir não é da minha autoria, pertence a um poeta moderno...
Salve Scoba!!


"Sou o poeta sem inspiração;
o boêmio na obrigação;
o maestro sem educação;
o aprendiz de um rufião;
o trabalho de um fanfarrão;
a certeza de uma ilusão;
sou a serenidade do desassossego;
somente o eco da confirmação;
sou um futuro incerto aprovado por convicções duvidosas;
SOU E SEMPRE SEREI O QUE AINDA ESTÁ POR VIR!!
eu não sou nada.
mas sou poeta!!!
*Eduardo S Escobar®*"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lucidez




Prezados senhores e senhoras, venho por meio deste texto demonstrar minha total lucidez.

Bem, é isso!


Shell

Ficção




Era fim de noite, a festa as vésperas do término e o sol prestes a surgir. Havia saído para pegar um pouco de água para hidratar dois corpos após muita diversão e bebidas. Ao retornar, em meio a jogos de luzes e uma batida de partir o coração, você estava a beijar outro cara. De biótipo escultural e sorriso arrasador, você parecia presa aquele encanto, e eu, ao longe apenas observava lamentando pela minha provável incompetência em te fazer completa.
Após um longo beijo, você parou para analisar que estava em companhia de outro alguém e rapidamente utilizou uma de suas especialidades, uma desculpa única para afastar a mais nova companhia, que por sinal não fez questão em procurar argumentar para ficar. Até porque, era fim de noite e para ele o objetivo havia sido alcançado.
Perplexa, olhou para o lado e me viu sentado a observar com uma face inexpressiva. Aproximou-se e sentou ao meu lado pronta para argumentar várias justificativas, mas, antes que começasse eu encostei a ponta dos dedos carinhosamente sobre sua face e com um sorriso lhe disse:
- Não precisa explicar-se. Eu jamais tive a pretensão de prendê-la a mim, muito menos de impor limites e dizer o que deve ou não fazer. Não posso agora demonstrar uma felicidade inexistente em mim, talvez uma inveja por não ser a parte que te completasse nessa noite, nesse momento.
Enquanto falava vagarosamente, mantinha os olhos fechados, as testas encostadas, leves toques com a mão a cariciar a sua face, que por um breve momento ameaçou o rolar de uma lágrima. Rapidamente interrompi o seu trajeto antes que pudesse percorrer um caminho maior.
- Arianos não choram, lembra? Disse carinhosamente com um sorriso no rosto.
- Poderia ficar aqui a jogar inúmeras palavras ao vento que te tocariam neste instante, mas, que certamente se perderiam com o tempo. Eu também nunca fui muito hábil com explicações e justificativas. Então, prefiro tentar dizer o que quero de outra forma. Disse quase como um sussurro ao seu ouvido.
E percorrendo levemente com meus dedos a sua face, vagarosamente fiz todo o contorno de seus lábios, me aproximando lentamente toquei-os com os meus. Um beijo lento, apaixonado que só queria dizer o que as palavras certamente não conseguiriam. Permiti naquele instante que nossos lábios servissem de ponte para atravessar todo meu sentimento, mediante aquele simples gesto.
O sol havia surgido e um de seus raios atravessado uma fresta ao alto que conduzia-se diretamente a nós. Naquele clarear pude olhar sua face mais linda que nuca, ou seria eu mais vulnerável e apaixonado?
Em todo caso, tinha comigo um beija-flor e não poderia sufocá-lo, muito menos trancafiá-lo em uma gaiola, pois sei que cedo ou tarde se sentiria infeliz e desejaria voar novamente. Mas sei que poderia oferecer carinho e proteção, mostrar que estaria livre pra voar se assim quisesse e que poderia levar-me ao seu lado. Pois eu não queria impor grades, e sim a liberdade de escolher e enxergar onde ficaria melhor, onde seria mais feliz.


Shell

Tipicamente Ariano




Exponencialmente acho que a probabilidade de integrar-me a você seja tangencialmente difícil. Isso talvez pudesse, certamente, abalar um ser de objetivos fáceis. Felizmente sempre gostei de desafios, quanto mais improvável parece ser mais me atrai.

P.S: tipicamente ariano.


Shell

Ardilosos




E tantos vagueiam na incerteza de conquistá-la. Completamente abismados com o conjunto beleza+ inteligência+ personalidade, estimado por muitos como extinto.
Ao longe apenas torço, em minha despercebida existência, que nenhum sagaz sorriso envolva-te por completo.
Talvez alimente a tola ilusão de oferecer algo singular.


Shell

Subliminar




Muitos poderiam atrair-se simplesmente por sua beleza inegável.
Após acostumarem-se a viver diante de tal encanto.
Refletiriam a entender que é bem mais que isso.
Realmente tens a singeleza e malícia em seus pensamentos e convicções.
Yearning pelo encontro de nossas vãs filosofias e incertezas.


Shell

terça-feira, 18 de maio de 2010

Este par de olhos verdes




No deslumbre do encanto os avistei
Serenos e mansos, meio a calmaria a me vigiar
E quando...
Inconstante ficava
Na linha do caos frequentemente cruzava
Mais ao longe avistava
Eles, a me observar
Cada vez mais serenos
Em um pressuposto relento
De um infortúnio momento
Me fizeram acordar
Uma, duas, três
Quatro ou cinco, já não sei...

Infinitas vezes ensurdeceram-me com seu vasto silêncio
Compenetrados em mim
Com o intuito de aquietar um reles coração
E eles nem ao menos se dão conta de como são imensamente importantes pra mim
Vislumbram-me com seu encanto, sem saber o quão bem me fazem...

Este par de olhos verdes
Que clareiam minha mente
Me conforta e me traz paz
Que transforma tempestuosos momentos em suaves brisas.
Que se põem com o sol
Que renasce com a lua
Que faz guarda nos dias bonitos
E também presente nos dias de chuva
Este par de olhos verdes
Zela e olha sempre por mim
E me questiona a definir
Esta nova forma de sentir
De ser grato, de ser amigo, de estar ao lado
De demonstrar carinho, de retribuir um amor...
Compartilhado.


Shell

domingo, 16 de maio de 2010

Momento




Hoje as nuvens estão carregadas. É mais um dia opaco, as crianças não brincam no parque, não há casais de namorados na rua, apenas pessoas correndo atrasadas, com montantes de problemas e responsabilidades. Medo de perder o emprego, de não conseguir pagar as contas. Um universo consumista, excludente do real significado de viver.
O tempo passa, os amigos se afastam, cada um passa a trilhar o caminho que melhor lhe convém. Tudo muda, todos mudam. A distância destrói laços eternos, desaba sobre cabeças planos e juras pra vida toda. Mas, tudo passa, todos passam...
Há quem se apegue a planos feitos pra eternidade. Certamente são aqueles que desfrutam constantemente das frustrações.
Há quem prefira o momento, o instante, o acaso. Quem de fato sabe que juras eternas são mera ficção e que o real sinônimo da palavra felicidade, não é eterno, mas sim, momento.
Então, que se faça desses momentos as histórias marcadas no tempo e compartilhadas por gerações. Que se reflita no que tem mais valia. A lista de amores jurados pra sempre ou a lista dos momentos que ficarão para sempre.


Shell

sábado, 8 de maio de 2010

Eu sinto falta


(música)

E o silêncio que hoje me invade
Me faz parar pra pensar em você
E o silêncio que hoje me acalma
Me traz a agonia de não te ter

A esperança, lembranças de noites
De um dia assim, tão especial
Invadem meu peito, tomam conta de mim
Como algo atemporal

Que me faz lembrar como é triste os dias sem estar com você
Que a solidão planta em mim incertezas e o medo de te esquecer

Vou vagando em meus tristes, lentos dias
Em companhia da chamada solidão
Relembrando os instantes de seus delírios
Desejando ter mais uma vez comigo o teu coração

Já não sei se viver sem ti
É viver em sua ausência ou é viver em sua solidão
Já não sei se é o teu carinho
Quem embriaga de carinho o meu coração
Eu só queria poder viver mais que algumas horas a sua companhia
Talvez pela vida inteira, quem sabe
Um pouco mais que alguns dias,
Quem sabe um dia eu possa até parar pra te dizer...

Que eu sinto falta
Eu sinto falta...
De você


Shell

terça-feira, 27 de abril de 2010

Nas noites que as verdades não são mais tão reais




Nas noites que as verdades não são mais tão reais, os medos, segredos, disfarce nos cobiçam pra si, egoístas e sufocantes.
Há dias que o sol apenas nos lembra que irá escurecer, que os valores com o tempo podem até esvaecer, mas que sempre haverá uma luz a brilhar em meio a tantas nuvens, e que fará frente à tamanha escuridão.
Ainda que existam dias de solidão, como naqueles que a lua paira ao relento, longe da doce companhia estelar. Embora tudo pareça sombrio e assustador, passará certamente, terá de passar para então a luz eminente do poderoso sol, brilhar e brilhar.
O que não consumaria algo melhor e mais otimizador, pois apenas trata-se de uma solidão com um pouco mais de luz.


Shell

Nunca pensei




Nunca pensei
(Música)

Os ventos curvos desse mar
Areia que move de lugar
A inconstância de viver e de sentir

Caminho sempre devagar
Sem pressa chego no lugar
Que o coração segue a te seguir

Por onde vou
Vejo você
Com um sorriso a me guiar

Nunca pensei que iria ter você pra mim
E o seu sorriso a confessar que me quer junto a ti
Caminhos estranhos percorri
Mas hoje nos meus braços tenho a ti

Sem muitas palavras apenas nosso silêncio
Os nossos olhos a fitarem o desejo
O vento frio a conspirar o nosso abraço
E a lua a desejar o nosso beijo

Shell

Você foi...




Foste para mim a inspiração de muitas noites
A lágrima que me trouxe um sorriso amarelado

Foste a clausura que eu queria, o penar que me mantinha
A solidão que consumia meus dúbios pensamentos

Foste o que eu tinha, tudo aquilo que eu queria
E o que jamais desejei ter

Foste a contradição dos sentimentos
O labirinto dos pensamentos
O triste acorde que parou meu coração...

Foste para mim, imaginário e ficção
A certeza do que quero, mesmo não tendo condição
Pra ter, aquilo que simplesmente, não existe...


Shell

O pior é pensar




O pior é pensar...

Que após tanto tempo, ainda tremo ao ouvir tua voz.
Que ainda fico a imaginar coisas no teu silêncio proposital.
Que ainda faço de tudo para arrancar o teu sorriso.
Mas o pior mesmo é saber que ainda carrego um viés de ilusão...

Shell

Madrugada




A madrugada rouba o sono de quem muito pensa
De quem pouco sabe o que quer saber...
Incondicionalmente má
No seu seio abriga os pensamentos dispersos
Dos tolos que procuram explicação no que não entendem.


Shell

Estopim




Nunca neguei que o estopim dos meus textos sempre foi à tristeza e a solidão. Não que eu as queira de volta, mas é fato, preciso encontrar outro motivo para sujar as folhas do meu caderno...

Shell

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vossa Excelência





Neste ano de eleições cabe a mim demonstrar minha total gratidão por aqueles que TANTO FAZEM por mim e TANTO VÃO TENTAR LEMBRAR-SE DO QUE FIZERAM DURANTE TOOODO ESSE TEMPO...

Os meus RESPEITOS a todos vocês...

TITÃS

-"Isso não prova nada
Sob pressão da opinião pública
É que não haveremos
De tomar nenhuma decisão
Vamos esperar que tudo caia
No esquecimento
Aí então!
Faça-se a justiça!
Estamos preparando
Vossas acomodações
Excelência!

Estão nas mangas
Dos Senhores Ministros
Nas capas
Dos Senhores Magistrados
Nas golas
Dos Senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos Senhores Vereadores
Nas perucas
Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Senhores! Corrupto! Ladrão!...

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!..."


P.S: O meu voto não vale R$10,00 ou um saco de arroz, e o seu vale quanto ou o que??

sábado, 3 de abril de 2010

Conceitos




Podem se preocupar, podem até mesmo querer perto de si e ainda sim não significaria o amor, ou paixão, pois tais sentimentos não poderiam ser sentidos por frases ditas em conversas gélidas - sem o calor do olhar, ou toque das mãos, sem assegurar suas convicções no olhar do outro - talvez apenas haja uma atração ou simplesmente uma curiosidade inegável, o que sem dúvida é o abrir a porta, para um caminho mais intenso...



De que vale frases inovadoras se o sentimento ainda é o mesmo, se os pensamentos ainda percorrem o tempo de forma que a essência apenas absorve novos casulos...



Shell

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Destino




Se não nos esforçarmos para ajudar o destino
*nossas vidas continuarão
*com você deste lado
*e eu do outro
*e apenas nos olharemos
*sem a coragem para atravessarmos a rua
*e neste momento quando essa tal coragem chegar, só ai saberemos
*se um simples aperto de mão e um abraço
*será suficiente
*se ao nos separarmos a saudade chegar
*e o pensamento de um ficar preso ao outro
*ai sim
*passaremos a ter certeza de algo
*mas diante de tanta cautela e medo de descobrir
*o sol irá se pôr, a lua pode não iluminar o bastante
*e então
*nos perderemos de vista
*no escuro


Shell

domingo, 28 de março de 2010

Simplesmente




Simplesmente diferente de tantas que já conheci. Cautelosa, centrada ou a frente do meu tempo, dos meus vãos padrões de senso comum.
Dona do ar de quem sabe o que quer, mas prefere provocar com acertivas negações, em testar os impulsos, as frases ditas por momentos. Apresenta-se sempre como auto-suficiente, não precisa das opiniões alheias, muito menos de tolas companhias... Não ela.
Enquadra-se em um estágio mais elevado, de quem só arrisca quando realmente o momento exige um empenho eminente.
É aquela que fala por enigmas, frases indiretas que dizem pouco em extensivas e bem engajadas frases proporcionadas por essa nossa gramática tão repleta de excessões ou seria exceções?
Duvidas tão excludentes às vezes servem de questionamento para uma possível auto -compreensão. Mas o que é preciso compreender?

 Ela?
 Eu?
 Ou simplesmente o ato de duvidar?

Momentos mais marcantes melindrosos mancomunados meliantes marcados, mas modestamente mencionados em minha mente, quando penso em você.


Shell